Dacia: Como passar de “Low-Cost” para “Desejável”?

A Dacia é uma marca extremamente curiosa no mundo automóvel, porque já é capaz de oferecer vários modelos, muitos deles extremamente interessantes, e na realidade, com motorizações para (quase) todos os gostos. Afinal de contas, a Dacia tem carros a combustão tradicionais, tem carros híbridos, tem carros elétricos, e claro, também tem carros a GPL, esta última uma grande aposta da marca, que tem vindo a ter resultados muito positivos, especialmente em Portugal.

Ainda assim, apesar de todo o seu sucesso, a Dacia continua a ser vista como uma marca “low-cost”. Como é que se muda esta mentalidade?

Dacia: Como passar de “Low-Cost” para “Desejável”?

Portanto, a Dacia vende muito, mesmo muito na Europa. Como pode ver no mapa em baixo, é a fabricante que mais vende automóveis em várias regiões do velho continente. Aliás, caso não saiba, o novo Duster, que ainda não chegou ao mercado propriamente dito, já tem mais de 1000 encomendas em Portugal, e ao que tudo indica, está a ter um nível de encomendas incrível no resto da Europa.

O Dacia Duster é um carro que o público ainda não conhece! Apenas foi visto através de vídeos e reviews online. Ou seja, para existirem encomendas, é porque os consumidores já confiam na marca.

Sendo exatamente por aqui que a Dacia sente que está na altura de mudar um pouco o paradigma. De forma a perder a imagem “low-cost” que tem, para ganhar uma imagem mais orientada ao “Value for Money”.

Ou seja, a Dacia não quer vender apenas e só porque é a mais barata. Quer vender porque, apesar de baratos, os carros são realmente bons! Mais concretamente, a Dacia quer que você deseje os seus automóveis.

Sair do “Low-Cost”? Como é que isto se faz?

Tudo começa na parte do design, e no aproveitamento de plataformas de qualidade dentro do grupo. Mais concretamente, a ideia não é poupar dinheiro para meter ao bolso, mas sim para o canalizar em performance, em design agradável ao olhar, e claro, novas funcionalidades.

É por isso que alguns designs continuam a fazer alguns compromissos no interior e exterior de alguns modelos, como é o caso dos parafusos sem cobertura, plásticos rijos, etc… Além disso, é também por aqui que existe um esforço extra para implementar as mesmas funcionalidades de modelos mais caros, nesta gama um pouco mais amiga da carteira.

Ou seja, a equipa da Dacia cria um sistema de entretenimento muito mais eficiente, sem todas as funcionalidades que ninguém usa, de forma a cortar no processador e memória, o que por sua vez também resulta num sistema de refrigeração mais simples e mais barato.

É uma estratégia que também está a ser implementada nas ADAS (sistemas de apoio à condução), com o sistema de máximos automáticos a fazer parte do pacote Dacia, porém, a usar apenas a informação de uma câmara, em vez de vários sensores.

A ideia não é oferecer uma experiência fraca e mais barata. É oferecer mais com menos, o que claro está, requer algum trabalho. Todos os euros contam!

Outras fabricantes querem imitar a Dacia!

A Dacia, apesar de um início de vida controverso, é hoje em dia um sucesso. Sendo exatamente por isso que outros grupos querem implementar uma estratégia muito parecida.

No entanto, nas palavras de alguns porta-voz da própria fabricante, isso não mete medo. O caminho da Dacia está delineado, o trabalho está feito, e por isso, basta cumprir os planos e a visão da marca.

Se outras fabricantes quiserem entrar “nos mesmos moldes”, acaba por ser uma boa notícia, porque a concorrência acaba por gerar mais inovação, melhores preços, e na grande maioria das vezes, melhores produtos.

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Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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