O conceito Paleo propõe que olhemos para alimentação dos nossos antepassados. Ou seja, que tomemos consciência da alimentação e do tipo de comida que nos permitiu evoluir!
Em suma, o que é que os nossos antepassados comiam e como?
Que tipo de alimentos tinham à sua disposição, entender o rácio entre os macronutrientes, e a frequência com que se alimentavam.
Dito isto, é sem dúvida importante escolher o tipo de alimentos que compramos.
Em conversa com Francisco Silva, administrador do grupo “PALEO DESCOMPLICADO“, Presidente da Associação Paleo XXI e responsável de conteúdos da revista Paleo XXI, listou-se por ordem de importância ou de frequência grupos de alimentos.
1. Peixe, Carne e Marisco
Nesta secção são importantes: A quantidade e a origem!
As formas de cozinhar são infinitas… Falar só de carne ou peixe não é de todo redutor. Aventure-se!
Contudo, é sempre melhor escolher produtos que se saiba a origem. Isto porque, muitas toxinas no pasto ou na cadeia alimentar, acumulam-se na gordura. Assim sendo, uma carne de origem conhecida e de qualidade é sempre mais nutritiva.
2. Ovos
Os ovos, que anteriormente tinham má reputação, hoje são o ex-libris de muitas rotinas saudáveis.
Dito isto, é fundamental entender que os ovos são um fonte de proteína com alto valor biológico. Ricos em todos os aminoácidos e ainda gordura que nos deixa extremamente saciados.
3. Legumes e Hortícolas
São, sem dúvida, a nossa maior fonte de micronutrientes. Sejam eles, vitaminas ou minerais.
De facto, fundamentais para a nossa alimentação diária! Para além de fornecer fibra que ajuda na nossa “vida intestinal”, têm importantes co-factores para as mais diversas funções biológicas. E ainda, quanto maior a variedade, melhor!
4. Gorduras
Manteiga, banha, a gordura dos alimentos, azeite, maionese de azeite, óleo de coco, óleo de abacate são as gorduras prediletas.
Possivelmente, o pormenor fundamental é a escolha da prensagem a frio (como o azeite extra-virgem). Sendo assim, podemos afirmar que estas fontes de gordura vão ter uma dupla importância.
Seja por melhorar o sabor do prato quanto aumentam a saciedade. Isto porque as gorduras são a maior fonte de energia (9kcal/grama) dos três macronutrientes assim como a digestão é mais demorada!
5. Frutos secos
Pessoalmente, o meu grupo preferido. São os melhores snack’s!
Crocantes e super saborosos. Opiniões à parte… há alternativas para todos os gostos. Nozes, amêndoas, pistachios, cajus, avelãs, castanha do pará, entre outros.
- Ricos em inúmeros minerais. Nomeadamente, a castanha do pará. Apenas uma unidade desta última, tem praticamente a dose diária recomendada de selénio.
- Obviamente que no contexto paleo, falamos de frutos secos no estado natural. Isto é, as versões salgadas ou com açúcar caramelizado não são aconselháveis!
6. Frutas
As frutas adoçam a vida de um Paleo!
Contudo, na idade paleolítica não existia a mesma oferta que hoje. E, como tal, devem ser comidas com moderação.
Dar sempre preferência às frutas da época e não processadas. Por mais que as versões desidratadas sejam mais apetecíveis não são as melhores alternativas. Não esquecendo as frutas gordas como coco e abacate!
7. Tubérculos
Batata inglesa, batata doce, cenoura, beterraba, mandioca, inhame, nabo, rabanete, etc.. são alimentos ricos em amido!
Este é um tipo de hidrato de digestão lenta e uma absorção contínua e demorada. Mas não só, estes hidratos de carbono pouco se alteraram desde a altura do paleolítico. Em simultâneo estes alimentos são fontes de micronutrientes.
No entanto, se quer perder algum peso, recomenda-se que tenha moderação especial com as batatas, inhame e mandioca.
8. Laticínios gordos
Aqui está um grupo controverso… Os laticínios na sua generalidade tem a lactose como açúcar e a caseína como proteína.
O açúcar sensibiliza a insulina e a proteína do leite tem mostrado ser problemática! Assim, deve ser evitado.
Contudo, os produtos fermentados tem mostrado ter bactérias benéficas tanto para a imunidade quanto para a flora intestinal. Dito isto, queijos curados e fermantados de leite de qualidade e iogurtes não açucarados podem efectivamente ser consumidos de forma moderada.
No entanto, pessoas com o sistema imunitário em baixo e intolerantes devem evitá-los.
9. Adoçantes naturais: Mel, stevia pura ou açúcar de coco
Vivemos numa sociedade com comemorações e costumes, como tal, e para nos adaptarmos ao meio em que vivemos, as alternativas de adoçantes mais naturais são ótimas!
Permitindo fazer alguns bolos e sobremesas. Ainda que não seja totalmente paleo são as alternativas mais aconselhadas e que também potenciam que consigamos permanecer neste regime sem desistir. Pelo contrário, adorando!
Em suma, devemos recorrer aos alimentos mais naturais. Paralelamente, o conceito também prefere que se escolha alimentos sem pesticidas e o mais biológicos possível.
Agradecimento a Francisco Silva. (Paleo XXI – Clique aqui)
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