Quando o calor aperta um bom mergulho é normalmente uma excelente opção, quer seja num mar, num rio ou até num lago que seja relativamente seguro. No entanto há lagos e lagos e um onde não quereriam mesmo mergulhar fica na lua de Saturno, Titã.
Para recordar a missão inovadora da Cassini, a NASA aproveitou a oportunidade para destacar uma das imagens mais impressionantes capturadas pela sonda espacial pouco antes da sua morte planeada.
A foto mostra um enorme conjunto de lagos e mares localizados perto do pólo norte de Titã. Eles parecem bastante agradáveis vistos de cima, mas definitivamente não são.
A Lua de Saturno, Titã, está realmente cheia de líquido. Os mares maciços – Punga Mare, Ligeia Mare e Kraken Mare – têm centenas de quilômetros de diâmetro, e os lagos menores também são bastante grandes.
Se tudo isto fosse água líquida, seria um verdadeiro paraíso, mas definitivamente não é. Em vez de água, Titã lida principalmente com metano e etano.
Os corpos líquidos que é possível observar, na realidade são conjuntos de etano líquido, com nuvens de metano acima e uma atmosfera tóxica a envolver todo o planeta.
“Com a sua atmosfera densa, Titã tem um ciclo de metano muito parecido com o ciclo de evaporação da Terra, formação de nuvens, chuva, escoamento superficial em rios e recolha em lagos e mares”, explica a NASA.
É um planeta incrivelmente hostil, pelo menos para a vida como a conhecemos, mas ainda é um lugar interessante para os cientistas estudarem.
O simples fato é que não sabemos onde é que a vida se pode formar. Sabemos que condições ajudaram a criar a vida na Terra, mas já estivemos errados acerca do que era necessário para sustentar a vida na passado.
Pensava-se que a luz do sol era uma necessidade absoluta, mas as criaturas encontradas no fundo do mar onde a luz não entra, provaram que a luz não era obrigatória.
O mesmo pode acontecer com a água? Poderia a vida subsistir num lago de etano? Muitos cientistas diriam que é pouco provável, mas também não é impossível.
Existe até a possibilidade de estar presente água líquida sob a superfície congelada do planeta, o que poderia permitir o desenvolvimento de microrganismos.
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