Quando foi o último grande lançamento de um smartphone topo de gama que o deixou de queixo caído? Ou seja, quando é que viu um novo smartphone com uma característica que tinha mesmo de ter na sua mão, assim que as primeiras unidades chegassem ao mercado?
Não é novidade para ninguém que as grandes fabricantes estão numa constante guerra para oferecer as melhores especificações possíveis do mercado, de forma a tentae chamar a atenção dos consumidores. Contudo, é fácil chegar à conclusão que já não temos muitas fabricantes dispostas a tomar riscos sérios. No fundo, a guerra das especificações e funcionalidades existe, mas acaba por ser apenas uma evolução iterativa em vez de revolucionária.
(Especial) Onde está a inovação no mundo dos smartphones?
Portanto, nos bons velhos tempos, os fãs do mundo tecnológico ficavam presos aos ecrãs e aos meios noticiosos tech mais importantes da altura, de forma a saber no imediato todas as novidades! Ou seja, que componentes novos e funcionalidades incríveis iríamos receber na nova geração de aparelhos.
Aliás, até mesmo na altura em que começámos a receber menos coisas novas, ainda era possível ver as margens a desaparecer, a qualidade de imagem a aumentar, e ainda a performance fotográfica a meter o mercado de câmeras dedicadas em risco… Acima de tudo, era possível pegar num aparelho do ano passado numa mão, e outro aparelho deste ano noutra, e ver as diferenças.
Algo que infelizmente não acontece em 2020. As diferenças entre os P40 Pro e P30 Pro, S20 e S10 ou até iPhone 11 e iPhone Xs, são insignificantes para a maioria dos utilizadores.
Infelizmente, podemos até dizer que os telemóveis mais recentes estão cheios de coisas que à primeira vista parecem brutais, mas que na realidade nunca iremos tirar o proveito máximo. Temos uma quantidade de memória RAM digna de um PC Gaming de topo, sensores com Megapíxeis para dar e vender, e até um poder de processamento digno de um computador portátil bastante decente. Tudo coisas que parecem interessantes, mas que na verdade apenas serve para competir no marketing, e claro, para aumentar os preços.
Mas calma… Ainda existe inovação no mercado de smartphones!
Sim, ela existe, contudo… Não a irá encontrar no mercado de gama alta.
Como por exemplo, a elevada taxa de atualização de frames dos ecrãs OLEd dos novos topo de gama. Foi algo adotado primeiramente pelo nicho dos smartphones Gaming, e apenas agora levado para o mainstream.
Falando disto, temos também de olhar obrigatoriamente para o mercado Chinês, que está a ser capaz de apresentar características técnicas a um preço bastante mais em conta em relação às grandes do mercado. Aqui posso falar do RealMe X2 Pro, do Mi 9T Pro, e até do Mi 10 5G, que conseguem rivalizar com a grande maioria dos topos de gama, a um terço do preço.
Entretanto, os fãs continuam a sonhar com topos de gama brutais, com designs revolucionários… Basta olhar para os concepts do novo iPhone ano após ano. Que claro está, nunca se transformam em realidade.
A Samsung é um exemplo de inovação nas gamas altas com o Galaxy Fold e Galaxy Z Flip! No entanto, ao mínimo erro, é imediatamente crucificada!
Isto acaba por ser também um pouco injusto para as fabricantes, visto que estamos prontos a criticar por não trazerem nada de novo para cima da mesa, mas também estamos logo prontos para destruir qualquer esforço fora da caixa, como é o exemplo do Galaxy Fold, a primeira grande experiência no mundo dos telemóveis, que como deve saber, correu um pouco mal para a gigante Sul Coreana.
Em suma, nós também somos culpados pela falta de inovação… É que apesar da inovação gerar excitação, existem sempre uma grande diferença entre algo chegar ao mercado, e algo chegar perfeito ao mercado.
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