O USB-C chegou ao mercado com a promessa de revolucionar a conectividade por cabo, ao standardizar a velhinha entrada, ao mesmo tempo que prometia uma largura de banda muito superior. No entanto, apesar de as coisas estarem a evoluir a um ritmo interessante, a verdade é que não foi o sucesso tremendo que muitos pensavam… Afinal de contas, apesar de o USB-C já estar um pouco por todo o lado, ele nunca vem sozinho, vem sempre com portas USB-A a acompanhar.
Além disso, é inegável que existe muita confusão à volta do formato USB. E aqui, a culpa é inegavelmente da indústria.
O USB-C não ‘matou’ o afamado cabo USB ‘normal’! Porquê?
Portanto, o USB tipo-C não chegou ao mercado há assim tantos anos, no entanto, está constantemente a ser atualizado com novos standards e novas tecnologias, o que é bom, mas ao mesmo tempo representa alguma confusão para os utilizadores. É que apesar do formato, dois cabos USB-C podem ser muito diferentes, especialmente na sua capacidade de transferência de dados ou energia.
Além disto, é muito difícil substituir um standard tão popular como o USB de um dia para o outro. Mas vamos por partes!
Antes de mais nada, o USB-C é o formato da entrada do cabo! O formato não tem nada a ver com as suas especificações técnicas e performance.
Assim, temos vários tipos de formato para o standard USB, como o A, o B, o C, o micro e o mini. Ou seja, temos de separar a coisa pela parte eletrónica e a parte física.
A parte física tem a ver com o formato, enquanto a parte eletrónica tem a ver com a capacidade de passar energia, dados, etc… Aqui temos outra nomenclatura, como o USBv2, USBv3.x e PD.
Assim, um cabo USB-A pode ser USBv2 ou USBv3.x, enquanto um USB-C pode ser USBv2, USBv3.x, Thunder 3&4, ou PD. Ou seja, se por acaso tiver um cabo USB-C na mão, este pode não ser USBv3.x, pode ser um standard mais baixo e menos capaz. Lá pelo cabo ser similar a outro no seu aspeto, não quer dizer que tenha a mesma capacidade no uso do dia-a-dia.
É exatamente por isso que é recomendável usar cabos originais para os produtos que compra. Por exemplo, tenho um SSD portátil que apenas chega ao seu potencial máximo com o cabo que vem de fábrica, qualquer outro cabo limita a sua velocidade em 90%. Entretanto, o mesmo pode ser dito acerca dos carregadores rápidos, é sempre boa ideia usar o cabo que vem de origem, para garantir que a velocidade máxima é alcançada, e claro, que o cabo não vai arder.
Quanto ao uso de vários formatos de cabos USB na indústria em 2021, tem tudo a ver com a transição! Que nunca pode ser feita demasiado rapidamente, ou demasiado lentamente. Agora estamos num meio termo, em que no mesmo aparelho (consola, PC, etc…) temos entradas USB-A e entradas USB-C. Com o passar do tempo, a entrada USB-A vai começar a ser cada vez mais rara.
Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Partilhe connosco a sua opinião nos comentários em baixo.
Receba as notícias Leak no seu e-mail. Carregue aqui para se registar. É grátis!