Hoje em dia, já é muito provável que use muito mais o seu smartphone, do que usa o seu portátil ou PC desktop. Afinal, o smartphone, apesar de estar mais ou menos estagnado no seu formato, tem vindo a evoluir de forma quase absurda no lado da performance e capacidade técnica.
Aliás, é exatamente por isso que algumas fabricantes não querem já dar o salto para os 2nm da TSMC. O novo processo de produção é caríssimo, e de facto, ainda não estamos a aproveitar em pleno as capacidades que os 3nm trouxeram para cima da mesa.
Os processadores que dão vida aos smartphones topo de gama mais modernos são extremamente capazes. Aliás, são muito mais capazes do que aquilo que muito provavelmente pensa.
Por isso, se é como eu, e já sonhou em acabar com o computador propriamente dito, para ter apenas uma base na sua secretária onde pode meter o seu smartphone para dar vida a teclados, ratos, e monitores… Bem… Não estamos mesmo muito longe dessa realidade.
O seu computador está… Na palma da sua mão!
Portanto, como é óbvio, apesar de acreditar que isto é o futuro, porque o nível de desempenho de qualquer smartphone recente é absolutamente incrível, ainda não estamos lá. Ainda assim, se a DisplayLink (Synaptics) tiver alguma palavra a dizer, estamos muito mais próximos daquilo que imagina.
Ou seja, estamos a falar de uma empresa que anda a desenvolver uma base (doca), que vai muito provavelmente simplificar a vida a muito boa gente. O que é curioso, porque várias empresas como a Microsoft, Samsung, Huawei, etc… Andam a tentar criar a ideia de que o smartphone pode ser um PC há várias gerações.
Pois bem, o DisplayLink é uma base capaz de dar vida a monitores 4K, teclados, ratos, armazenamento externo, e muito mais acessórios.
Tudo isto a depender apenas e só do SoC do seu smartphone. Ou seja, o seu smartphone vai ser o “cérebro” de todo o seu setup. Aliás, até existe mais que uma solução, uma que precisa de ligar o smartphone via USB-C, e outra que funciona 100% sem fios.
Qual é o nível de performance? Bem, aparenta ser algo muito similar a um portátil de gama média com gráficos integrados. Um Ryzen de gama média, ou Intel Core i5.
Já é uma realidade?
Mais ou menos.
O software que dá vida a este periférico precisa de drivers especializadas, que por sua vez têm de ser implementadas no sistema operativo do smartphone. O que é, de facto, o desafio no meio de tudo isto… Visto que é preciso convencer a Google, Apple, e ademais fabricantes de smartphones, a entrar na jogada.
Ainda assim, a DisplayLink parece confiante. Até porque isto não é uma ideia nova, e por até dar mais força à ideia de que um smartphone topo de gama faz mais sentido face a uma qualquer versão de gama de entrada, ou gama média. Afinal… Também faz de PC.
Vale ainda a pena salientar que a Samsung já tem a plataforma DeX que faz algo de muito similar. A DisplayLink só quer levar a ideia mais longe, ao mesmo tempo que a tenta massificar.
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