Ouvir falar de Inteligência Artificial já não é uma novidade para ninguém. Sim, é verdade que a coisa ganhou um nível de importância muito maior em 2023, graças ao lançamento e popularização de plataformas como é o ChatGPT.
Mas, verdade seja dita, andamos a ouvir falar de IA (ou AI – Artificial Inteligence) há vários anos. Aliás, no mundo dos smartphones, é completamente normal ouvir as fabricantes a falar de funcionalidades IA há várias gerações, nomeadamente quando o tema é captura de imagem através dos sensores traseiros.
Mas, agora que o IA está a chegar a todo o lado, o que é isto?
O que é a Inteligência Artificial? Agora a sério!
O mundo da Inteligência Artificial, nos produtos que mais utilizamos no nosso dia-a-dia, ainda é uma gigantesca incógnita. Porquê? Porque o potencial é quase ilimitado! Dito tudo isto, para ter ideia do potencial, é boa ideia olhar para a definição daquilo que é a IA.
Ou seja, temos de começar por compreender o que é isto que quer mudar as nossas vidas.
Assim, em termos gerais, os sistemas AI (artificialmente inteligentes) podem efetuar tarefas normalmente associadas às funções cognitivas humanas. Quer alguns exemplos? Interpretar discursos, jogar jogos ou identificar padrões.
Como é que uma Inteligência Artificial consegue perceber o que estamos a dizer, ou o que queremos fazer? Na realidade, é um processo muito similar à forma como nós aprendemos na escola ou em casa. Uma IA aprende através do processamento de grandes quantidades de dados, procurando padrões para modelar as suas próprias decisões. É um processo de aprendizagem, que tal e qual como nós no nosso tempo de escola, conta com seres humanos responsáveis pela supervisão, tudo para reforçar as boas decisões e desencorajar as más.
Porém, este não é o caso de todas as IA. Algumas podem aprender sem ajuda. Por exemplo, ao jogar um jogo complexo vezes sem conta, para perceber as regras, e descobrir como ultrapassar o nível.
Existem diferentes tipos de Inteligência Artificial! (Forte e Fraca)
Pois bem, a inteligência é difícil de definir, razão pela qual os especialistas em IA distinguem normalmente entre IA forte e IA fraca.
IA forte
A IA forte, também conhecida como inteligência artificial geral, é uma máquina que consegue resolver problemas para os quais nunca foi treinada – tal como um ser humano. Este é o tipo de IA que vemos nos filmes, como os robots de Westworld. Este tipo de IA ainda não existe de facto.
Aliás, a criação de uma máquina com inteligência ao nível humano que possa ser aplicada a qualquer tarefa é o Santo Graal para muitos investigadores de IA. Porém, enquanto alguns acham que é o principal objetivo, outros investigadores têm medo deste caminho. Há quem considere que a investigação sobre a IA forte deve ser limitada, devido aos riscos potenciais de criar uma IA poderosa sem as devidas proteções.
IA fraca
A IA fraca, por vezes designada por IA estreita ou IA especializada, funciona num contexto limitado e é uma simulação da inteligência humana aplicada a um problema definido de forma restrita. Centra-se frequentemente na execução de uma única tarefa de forma extremamente eficaz. Embora estas máquinas possam parecer inteligentes, funcionam com muito mais restrições e limitações do que a inteligência humana mais básica.
Exemplos:
- Google Assistente, Siri, Alexa, etc…
- Carros autónomos
- Pesquisa Google
- Bots de conversação
- Filtros de spam para correio eletrónico
- Recomendações da Netflix
O que vamos ver na nossa tecnologia do dia-a-dia? Nomeadamente no smartphone ou no computador?
Acredito que 2024 vai ser o ano em que o IA se enraíza completamente nas nossas vidas, ao entrar nos aparelhos que mais impacta o nosso dia-a-dia. Estou obviamente a falar do smartphone, mas também do PC. Aliás, basta olhar para o Co-Pilot da Microsoft prestes a chegar ao Windows 11, e também do facto de a gigante Norte-Americana estar quase pronta a lançar o Windows 12, que deverá contar com ainda mais funcionalidades IA.
Aliás, é muito provável que o Windows 12 comece a obrigar os consumidores a optar por processadores com hardware especializado IA, como é o caso do NPU, uma parte integrante da grande maioria dos smartphones topo de gama.
Por falar em smartphones, também é esperado que este seja o grande objetivo da grande maioria das fabricantes para 2024, especialmente depois do anúncio dos recentes Google Pixel 8, que já trazem muito IA para cima da mesa.
Como é que as coisas vão mudar?
Bem, se hoje em dia precisa de navegar nos menus para mudar alguma coisa no Sistema Operativo, quando o IA chegar a sério, apenas precisa de pedir à IA para fazer as coisas por si. Quer mudar para Dark Mode no PC ou Smartphone? Já não precisa de ir às definições, apenas meta na barra de pesquisa “Muda para Dark Mode”.
Este pedido vai ser enviado para os servidores da empresa responsável pelo aparelho, é processado, e a tarefa é finalizada no seu smartphone ou PC. Isto sem você ter que mexer uma única palha.
Quer outro exemplo? No caso dos Pixel 8 da Google, o smartphone é capaz de perceber num conjunto de fotos onde você ficou melhor, e mete sua “melhor” cara, na foto que está a editar. Tudo de forma automática! Tudo para criar a melhor foto possível, mesmo que esta seja completamente falsa.
Isto é apenas o início. Tudo vai ter IA no mundo tech. O que pode ser assustador de início, porque ninguém sabe muito bem o que vai acontecer. Especialmente porque a forma como interagimos com a tecnologia vai mudar significativamente. Mas também é excitante!
Antes de mais nada, o que pensa sobre tudo isto? Interessante? O que quer ver no mercado nos próximos tempos? Partilhe connosco a sua opinião e nível de exigência nos comentários em baixo.
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