A NVIDIA tem uma mania muito gira mas que, na prática, só serve para baralhar quem quer comprar um novo portátil gaming. Aliás, é uma prática que não aparece só no mundo dos portáteis, visto que também mostra as suas garras no lado das placas gráficas para desktop, porque acabam por existir vários modelos com o mesmo nome, mas capacidades bastante diferentes.
Falo obviamente do habitual plano de diferenciação de gráficas para portáteis com base no TDP (ou TGP, neste caso), que depois ninguém explica como deve ser.
NVIDIA RTX 50 para portáteis: continua tudo uma confusão!
No papel, a ideia é boa: a mesma gráfica pode ser usada em portáteis mais finos com menos consumo e calor, ou em auttênticos tanques que aproveitam ao máximo a sua performance. Mas o problema é sempre o mesmo… no fim do dia, o utilizador não faz ideia do que está a comprar.
O consumidor normal olha para uma RTX 5060, e pronto, é isso. É uma RTX 5060, com a performance de uma RTX 5060. Mas as coisas não funciona assim.
É por isso que existem planos para mudar com a nova geração. A NVIDIA vai obrigar os fabricantes a dizerem, de forma clara, qual é o TGP das placas RTX 50 que metem nos seus portáteis. É um passo importante e que já vem tarde. A fonte é a ComputerBase, que garante que a gigante das gráficas quer mesmo “trabalhar com os fabricantes para garantir que a potência gráfica esteja listada nos sites”.
Empresas como a ASUS, MSI ou XMG já alinharam e começaram a listar os detalhes para modelos como o ROG Scar 18 ou o Titan 18 HX. Mas como sempre, há outras que continuam a fazer-se de mortas.
E porquê que isto é importante? Porque é que há RTX 4080 em portáteis mais barata que outras e que, surpreendentemente, rende menos em jogos? Porque uma pode estar limitada a 80W e outra pode ir até aos 175W. A diferença no final do dia é muito significativa.
Agora, com esta nova obrigatoriedade, a ideia é simples!
Dar ao consumidor a capacidade de escolher com base em dados reais. Queres um portátil mais leve com menos autonomia e performance? Ou um bicho que é quase um desktop disfarçado? Agora podes decidir sem teres de andar a vasculhar folhas de especificações obscuras ou esperar por reviews para perceber se foste enganado.
Resta saber se a prática vai acompanhar a teoria. Até lá, fica a dica: quando fores comprar um portátil com GPU dedicada, não te fiques pelo nome da gráfica. Procura o TGP e Dynamic Boost. Porque, apesar de parecer estranho, nem todas as RTX são criadas da mesma forma.
Antes de mais nada, o que pensa sobre tudo isto?