Depois do lançamento do Nothing Phone (3a) e (3a) Pro, os olhos dos entusiastas já se começam a voltar para o Nothing Phone (3). O topo de gama da irreverente fabricante está a caminho do mercado, e de facto, pode até seguir o exemplo da gama 3a ao trazer duas versões em vez de apenas uma.
Mas, apesar do facto de muita gente esperar que venha equipado com o Snapdragon 8 Elite, a realidade é que existem várias razões para acreditar que a Nothing vai optar por algo um pouco mais antigo, e por isso mesmo, bastante mais barato.
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Antes de mais nada, faz sentido? Eu acredito que sim! Afinal, quando é que teve problemas de performance no seu smartphone?
Nothing Phone (3) sem SoC de topo… Faz todo o sentido!
Vamos por partes!
1. A Nothing ainda não tem o poder de uma Samsung ou OnePlus
Portanto, a Nothing pode estar a crescer rápido, e está de facto.
Porém, ainda não tem o mesmo peso no mercado que gigantes como a Samsung, Xiaomi, ou até a igualmente irreverente OnePlus.
Qualquer uma destas fabricantes têm acesso antecipado aos chips mais recentes da Qualcomm, algo que a Nothing provavelmente ainda não consegue. O desenvolvimento de um smartphone leva até 24 meses, e neste ritmo, faz muito mais sentido a Nothing apostar num chip já testado e otimizado em vez de arriscar com um processador topo de gama, que acaba por não oferecer nada de realmente inovador, e que claro está, encarece o produto final.
2. Carl Pei já mostrou que não quer seguir a guerra dos processadores
Desde o Phone (1) e Phone (2) que a Nothing tem uma estratégia clara: não usar os processadores mais recentes a qualquer custo.
O próprio Carl Pei já deu a entender que prefere um equilíbrio entre desempenho e preço, algo que a Nothing tem feito bem até agora. Se esta abordagem se manteve com os modelos anteriores, por que razão mudaria agora?
3. O preço continua a ser um fator decisivo!
Há que ter em conta que se a Nothing seguisse o mesmo caminho de todas as outras marcas, e metesse o Snapdragon 8 Elite no Phone (3), o preço poderia subir 20 a 30%. Tornando-o quase o dobro do preço do Phone (1) e Phone (2). Isso ia contra o posicionamento da marca como uma alternativa premium acessível.
4. A Nothing nunca quis competir pelo processador mais potente
Desde o início que a Nothing tem focado os seus smartphones na experiência geral, com design inovador, software fluido e otimização do hardware.
No fundo, ter o melhor processador nunca foi a prioridade, e não há sinais de que isso vá mudar com o Phone (3).
Conclusão – É um “deal breaker”?
Em suma, se estavas à espera do SoC Snapdragon 8 Elite que dá vida à grande maioria dos smartphones do mercado, pode tirar o cavalinho da chuva. A Nothing vai continuar a jogar com inteligência, apostando num chip poderoso mas acessível, mantendo o preço competitivo.
Antes de mais nada, o que achas desta estratégia? Preferes um processador de topo ou um telefone mais equilibrado e acessível? Partilhe connosco a sua opinião na caixa de comentários em baixo.