Como é óbvio, os gostos de uma pessoa é uma coisa sempre altamente discutível. Aquilo que eu gosto, você pode odiar com todo o seu ser. O contrário também é válido. Aliás, é tudo válido. Cada um é como é.
Mas, num mercado em que tudo parece igual, em que todas as fabricantes roubam inspiração umas das outras, e as referências de mercado escolhem lançar o mesmo produto ano após ano, é de louvar a existência de uma marca com vontade de fazer as coisas diferentes. A Nothing é uma destas fabricantes. De facto, é muito provavelmente uma das únicas que ainda tem vontade de ser diferente, e que não parece ter medo de arriscar.
O risco compensa?
Nothing foi demasiado longe com os seus novos smartphones?
Portanto, os novos Phone (3a) e Phone (3a) Pro não foram ainda oficializados, mas já todos nós os conhecemos porque a própria Nothing é aquela fabricante que obriga os jornalistas a assinar NDAs, mas depois faz “leaks” de tudo e mais alguma coisa.
É estratégia, e eu até sou capaz de respeitar esta forma de fazer as coisas. Porque… De facto resulta! Os novos Nothing Phone (3a) estão nas bocas do mundo, especialmente o modelo Pro. São aparelhos que estão a meter tudo em causa num mercado cada vez mais estagnado. Cheira a ar puro!
Isto porque, quando as primeiras imagens chegaram à Internet, muitos consumidores afirmaram que era um smartphone demasiado diferente, e por isso, extremamente feio. Mas, ao longo do tempo, a retórica já começou a mudar. A Nothing está a começar a convencer os consumidores, e depois de tal coisa, já vai ser muito complicado voltar a atrás.
Isto é mesmo verdade?
Pois bem, antes de mais nada, temos de assumir que o Phone (3a) Pro deu muito que falar. Porque deu, e de facto continua a dar. Depois temos de ter em conta que isto vai ou não melhorar a performance (e tudo indica que sim, que vai, especialmente no lado das câmaras).
A Nothing não está a limitar os seus aparelhos a uma visão. Está a criar uma visão sua, tendo em conta aquilo que é necessário fazer para ser diferente. Gosto!
É mesmo necessário ser tão diferente?
Sim, é.
O mercado é dominado por 2 ou 3 marcas, ano após ano. Estamos a falar da Apple, Samsung e Xiaomi. De vez em quando temos umas Honor, Oppo, etc… a fazer algumas gracinhas. Mas em termos de volume de vendas, a realidade é que o mundo dos smartphones está completamente agarrado aos nomes que já mencionámos.
Por isso, é preciso partir a “roda”. Para isso é preciso ir contra aquilo que é normal.
Goste-se ou não, a Nothing anda a fazer isto muito bem. Aliás, nem é só neste lançamento. A Nothing recusou-se a lançar um topo de gama no ano passado, porque sentiu que não existia espaço para isto. Muito provavelmente porque queria meter esta estratégia diferenciadora em movimento, antes de tentar rivalizar no lado premium da coisa.
Eu acho bem. Acho que este é o caminho, e pelo que tenho visto na internet, a coisa vai de facto correr muito bem.