Nixy the Glade Sprite: a simpática duende que encanta qualquer jogador

Depois de um 2017 preenchido com muitos e bons jogos por parte de Andy Johns, com expoente em Ooze, este programador volta à carga com um jogo que prometia muito. E o mínimo que se pode dizer é que a espera compensou, pois o que nos foi apresentado supera mesmo as nossas melhores expectativas. É que tudo em Níxy denota um esmero e uma dedicação exemplar, começando desde logo no belíssimo ecrã de carregamento, da autoria do seu amigo (e amplamente conhecido) John Blythe, de quem ainda recentemente analisámos Rubicon.

Neste jogo assumimos a pele de uma simpática duende, que tem como tarefa ser a guardiã da Pedra de Gaia. Esta Pedra sagrada é o coração deste mundo encantado e que dá vida às plantas e flores. Mas algo estranho aconteceu, a Pedra foi corrompida e as outroras pacíficas flores e os seres da floresta, semelhantes a Estrunfes, tornaram-se perigosos e atacam quem deles se aproxima. Os Antigos falavam de uma lagoa (Lagoa da Lua) que purificava a pedra. Quem sabe não esteja aqui a solução para o problema? Temos assim que viajar pela floresta, evitando as plantas e todo o tipo de criaturas mortais para encontrar a lagoa sagrada, purificar a pedra, devolvendo-a depois à Árvore Guardiã.

nixy the glade sprite: a simpática duende que encanta qualquer jogador

A nossa primeira tarefa passa então por encontrar a Pedra de Gaia. Depois de a detectarmos, teremos que procurar a Lagoa da Lua, local onde iremos depositar a Pedra de Gaia, assim como as dez flores azuis, escondidas nos recônditos deste mundo encantado. Por fim, teremos que devolver a Pedra de Gaia, já devidamente purificada, à sua guardiã.

Parece tarefa pequena? Então experimentem jogar. O problema não são apenas os muitos obstáculos que temos que transpor. Temos também que procurar todos os itens e locais necessários ao cumprimento das tarefas, e nem sempre estes são os mais óbvios. É assim também necessário algum pensamento lateral, além de uma grande dose de destreza nos dedos.

Começam inicialmente com três vidas, mas na floresta encontram-se mais quatro devidamente escondidas em cogumelos mágicos. Vão mesmo necessitar delas se querem chegar ao final de Níxy, mesmo tendo em conta que Andy Johns foi generoso, contemplando um sistema de colisão que nos favorece e que torna a tarefa um pouco menos complicada.

nixy the glade sprite: a simpática duende que encanta qualquer jogador

Mas o que é que destinge este jogo de muitos outros do género? Em primeiro lugar os sprites e cenários criados, que são qualquer coisa de espantoso. De facto, deambular por esta floresta encantada é algo de maravilhoso, tal a profusão de cores e o bom-gosto alocados, que nem o colour clash lhe tira brilho. Sim, porque não é apenas talento na arte do desenho que aqui se encontra.

Depois, o movimento dos sprites são majestosos. Experimentem a saltar com Níxy e vejam a graciosidade com que esta se move e a forma como aterra. Nota máxima para este aspecto, ajudando a obter-se uma jogabilidade óptima, e que já é apanágio nos jogos de Andy Johns.

Por fim, a magnífica música que acompanha o desenrolar desta aventura, e que mais uma vez contribuí para que retiremos um enorme prazer deste jogo.

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Se conseguirem chegar ao fim desta aventura terão uma agradável revelação. Não vamos aqui dizer de que se trata, até para vos motivar a perseverar e chegar ao fim. No final de contas, ao fim de algum tempo apanham as manhas dos vossos inimigos e começam a ultrapassar os obstáculos com maior ou menor dificuldade. O nível é o ajustado para que a tarefa não seja demasiado fácil, mas que também não se torne frustrante.

A versão física irá estar brevemente à venda via Monument Microgames. Qualquer coleccionador que se preze não deve perder este lançamento, até porque deverá vir recheado de extras, como é habitual nesta software house. Mas se quiserem antes experimentar Níxy, poderão vir aqui à página do Andy Johns dar uma espreitadela, a este e aos outros jogos deste talentoso programador.

De referir ainda o contributo dado por David Saphier, Allan Turvey, Sarah Christina Burroughs (de Vintage is the New Old) e Alec Foster, dizendo ainda que em breve estará também disponível uma versão para o Spectrum Next e outra mais modesta para o 48 K.

Face a isso, apenas temos a dizer: muito obrigado Andy, por mais uma vez nos permitires usufruir de um jogo deste calibre.

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André Leão
André Leãohttp://planetasinclair.blogspot.pt/
Tive o meu primeiro computador em 1985, um TC 2048, que me iniciou na informática. Apesar de no final dos anos 80 ter definitivamente passado para os 16 bits, o bichinho do Spectrum e clones sempre ficou, até aos dias de hoje. Atualmente coleciono tudo o que tenha a ver com o Spectrum e vou estando a par das novidades deste mercado, sendo fundador do blogue Planeta Sinclair.

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