Como deve saber, a Nintendo revelou finalmente a sua nova consola, a Switch 2. Uma consola que, de verdade, já deveria ter anunciada em 2023 ou 2024. Ainda assim, foi um momento épico, há muito aguardado por milhões de fãs em todo o mundo.
Porém, apesar do entusiasmo inicial, esta nova geração parece estar a nascer com o mesmo problema que já vimos noutras gigantes: excesso de confiança. Afinal, quando se está no topo, há sempre o risco de achar que se pode fazer tudo… e cobrar tudo.
Nintendo Switch 2: sucesso a mais leva a confiança a mais. Isso é uma coisa grave!
Lembras-te da Xbox One? Ou da PS3? Ou até da Wii U? Pois…
A Microsoft teve a sua lição com a Xbox One: DRM, sempre online, Kinect obrigatório… e pois está claro, levou uma tareia da Sony. A Sony também já achou que era intocável depois do sucesso da PS2, lançou a PS3 a 600€ numa altura em que isso era um absurdo, e só não foi ao fundo porque corrigiu o seu rumo a tempo. Até a PS Vita sofreu com a arrogância da gigante Japonesa.
Pois bem, a Nintendo também já teve a sua liação no passado, mas parece que a coisa já deu a volta e voltou a ser a vez da Nintendo tropeçar nos próprios números.
Switch 2: onde está o pack-in gratuito? Ah, espera… é pago!
Um dos pontos altos da apresentação da Switch 2 foi a “Welcome Tour”, um jogo que deveria servir para mostrar o que há de novo no hardware. O que claro está, é uma experiência tipo Astro’s Playroom na PS5. Porém, ao contrário da Sony, que ofereceu o jogo, a Nintendo quer cobrar por este “tour” técnico.
Sim, pagas pela consola… e depois pagas para perceber como ela funciona. Boa ideia! Genial até.
Mario Kart a 80€!? E isto é só o começo
Se estavas a contar gastar 60 ou 70 euros pelos grandes jogos da Nintendo… esquece. O novo Mario Kart World vai custar 80€. São valores puxados para vários mercados, como é o caso do Português. Entretanto, se achas isto um exagero, fique a saber que os Remasters da Switch 1 também vão custar 70€, e se porventura já tem o jogo, vai ter de pagar um “add-on” que poderá chegar aos 20€.
A Nintendo não baixa os preços, mas podia ter mais “cabeça” neste campo.
Compras o cartucho… e tens de fazer download em casa!
Outro ponto que irrita? Muitos jogos físicos não têm o jogo todo no cartucho. Servem apenas como “chave”. Vais ter de fazer download na mesma. Ou seja, estás a pagar mais por um objeto que vale menos.
Interface igual, experiência igual?
O sistema operativo da Switch 2 é praticamente igual ao da primeira. Simples, básico, sem personalização. Não há pastas, não há temas, não há nada de novo. A Nintendo acha que se funcionou antes, vai funcionar outra vez. Mas… será?
O preço final? 469€ em Portugal. Quase 500€ por uma consola portátil!
A Switch original custava 299 dólares. Agora são 449. Em Portugal, já está a ser vendida por 469€, e o bundle com o Mario Kart passa para 509€. E nem sequer é a versão OLED. Imagina quando sair essa versão com ecrã OLED…
Até o botão C… é um extra pago
O botão “C” no comando serve para aceder a chats de voz e vídeo com amigos. Boa ideia? Sim. Mas… surpresa! Só funciona com subscrição online. Um botão dedicado a algo que nem sequer é gratuito.
Conclusão: calma Nintendo, isto pode correr mal!
A Switch foi um sucesso brutal. E por isso mesmo, a Nintendo parece estar a pensar que pode fazer tudo como quer. Mas a história já mostrou que até os gigantes caem quando se esquecem daquilo que interessa, que é ter atenção e ouvir os jogadores.
A Switch 2 pode ser um sucesso… ou um aviso.