Como deve saber, apesar de ter perdido menos que o previsto (1 milhão em vez de 2 milhões), a Netflix continua a perder subscritores em 2022, depois de ter crescido de uma forma estrondosa durante os 2 anos de pandemia provocada pelo COVID-19. Por isso mesmo, agora que a tendência de crescimento chegou ao fim, a Netflix parece estar a entrar numa fase de desespero que não faz verdadeiramente muito sentido.
Afinal de contas, no meio de uma recessão, a Netflix decidiu ir à caça de quem partilha contas, não porque é algo detrimental para o serviço, mas pura e simplesmente para ir buscar mais 2€ ou 3€ por conta. Além disso, também vai lançar um pacote de subscrição mais barato, com a ajuda de anúncios publicitários, que pelos vistos, nem vai ter a totalidade do conteúdo da plataforma.
Não parecem tiros nos pés?
É que além destas jogadas, a Netflix também inegavalmente a passar por uma crise de conteúdo. Longe vão os tempos em que podíamos encontrar tudo, ou quase tudo, na biblioteca da gigante do streaming, e por isso mesmo, bastava ter uma única subscrição ativa. Hoje em dia, para ter acesso a tudo, temos de ter vários serviços, como é o exemplo do Disney+, do HBO Max, do Crunchyroll, etc… Ainda assim, apesar de ter cada vez menos conteúdo, o preço da subscrição continua a aumentar, e a aumentar…
Em suma, está a equacionar cancelar a sua subscrição? Ou vai continuar?
Netflix está desesperada!? Vai manter a sua subscrição?
Portanto, numa onda de perda de subscritores, despedimentos, afirmações irritantes, e pelos vistos, um forte desinvestimento na produção de novo conteúdo, fica evidente que algo não está bem com a empresa. O que claro está, levanta a questão… Como é que uma empresa capaz de revolucionar completamente o mercado audiovisual. Solucionando vários problemas da velha e teimosa Hollywood, se encontra agora nesta situação?
Bem, visto que estamos a falar de uma empresa que liderou o mercado pela frente, e na verdade continua a liderar, é normal também ser a primeira a encontrar os limites da progressão, e paciência dos utilizadores. Isto ao mesmo tempo que tem de lidar com dores de crescimento, e claro, muitas e boas rivais, quase sempre mais baratas, e discutivelmente, com melhor conteúdo.
Temos aqui uma tempestade perfeita, que pode tornar o timing de desespero da Netflix em algo detrimental para o seu futuro.
Como deve saber, a inflação está descontrolada, os preços dos combustíveis são uma confusão autêntica, e até as taxas de juro estão a aumentar um pouco por todo o mundo. Por isso, os subscritores vão ter de fazer escolhas… Meter gasóleo, meter comida na mesa, ou pagar a Netflix?
Por enquanto, a Netflix ainda representa algum valor para o entretenimento de uma família. Mas, num mês mais exigente, é também uma despesa fácil de cortar. O entretenimento está em todo o lado, especialmente para quem tem mais que uma subscrição ativa para os vários serviços de streaming de conteúdo.
Além disso, já existem algumas alternativas gratuitas, super apetecíveis.
A Netflix vai ter uma prova de fogo até ao fim do ano!
Enquanto a plataforma continua a ‘inventar’, vamos ter vários lançamentos importantes, nas plataformas rivais, que podem empurrar a atual rainha do streaming para um poço sem fundo.
Afinal de contas, depois de Stranger Things e Umbrella Academy… Está à espera do quê no serviço de streaming? Especialmente nesta altura em que tudo vai complicar com a Amazon Prime a apostar em The Lord of the Rings: The Rings of Power, a Disney+ a apostar na She-Hulk, isto nunca esquecendo o spin-off de Game of Thrones na HBO Max, na forma de House of the Dragon.
As coisas estão complicadas para a Netflix, mas como deve imaginar, o seu futuro apenas e só depende de si, o subscritor. Vai continuar, ou vai sair?
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