Estamos a passar por uma fase em que as fabricantes de semicondutores não estão a ser capaz de responder a toda à procura do mercado. Existindo várias razões para tal, onde claro está, temos de incluir o impacto da pandemia de COVID-19, mas também a eterna guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.
Pois bem, a Europa também não está a ajudar muito no meio desta crise, devido ao facto de apenas ser responsável por 10% de toda a produção mundial. Algo que a União Europeia quer mudar na próxima década, ao tentar duplicar esta percentagem.
Não há semicondutores? A União Europeia está pronta a investir!
Portanto, não estamos a falar de um investimento ligeiro, visto que a comissão europeia está pronta a meter vários ‘biliões’ de euros em cima da mesa, para transformar a Europa numa referência dos semicondutores.
Estamos a falar de dinheiro gasto em pesquisa e desenvolvimento, mas também em ‘foundries’, ou seja, locais de produção. Curiosamente, o foco da UE parece estar nos processos mais avançados, como os 7nm, 5nm, 3nm e 2nm.
Entretanto, o velho continente é famoso pelas suas indústrias de produção automóvel e de aeronáutica! Contudo, é inegável que tem um ponto fraco nos semicondutores, uma indústria que não tem parado de crescer nos últimos anos.
Para ter noção, o mundo dos semicondutores vale cerca de 533 mil milhões de dólares, com os Estados Unidos a contar com 47% da quota de mercado, enquanto a China, Japão, Taiwan e Coreia do Sul chegam aos 40%, todas juntas.
Escassez de semicondutores está a criar demasiadas dificuldades em vários setores!
Devido a um aumento massivo na procura por produtos tecnológicos, a produção de semicondutores não está de todo a conseguir dar resposta aos pedidos. Estamos num ponto, em que até a indústria automóvel se viu obrigada a limitar a produção, devido à escassez de componentes essenciais.
A recentes administração de Joe Biden está a tentar resolver o problema, mas ao mesmo tempo, isto também indica à Comissão Europeia que está na altura de investir forte e feio. Afinal de contas, a grande maioria das máquinas de produção litográfica são feitas na Holanda pela ASML (62%).
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