(Mini-Review) Mate 50 Pro: Que saudades da velha Huawei!

(Mini-Review) Mate 50 Pro: Antes de mais nada, não vou estar aqui com a mesma lenga-lenga do costume, a falar sobre o facto de a Huawei já não ter acesso aos serviços Google, e como isso acaba sempre por afetar o valor de cada aparelho, e claro, o potencial de venda deste.

Felizmente, apesar de todas as dificuldades, a Huawei continua a apostar em todos os mercados que abordou, e ao que tudo indica, vai continuar a apostar, apesar de forma diferente (saiba mais aqui). O que claro está, inclui a parte dos smartphones, sendo exatamente por isso que temos agora para análise o Huawei Mate 50 Pro, aquele que é considerado por muitos como o rei da fotografia móvel! Afinal, este é o smartphone que lidera a tabela do DxOMark.

Dito tudo isto, antes de irmos à análise em si, só quero dizer uma coisa… Este Mate 50 Pro, apesar de incrível, causa-me tristeza, e saudades de uma Huawei forte, diferente, e com vontade de inovar.

O aparelho, apesar de limitado ao 4G, e de não ter Google, é bonito, fica bem na mão, e é poderoso. Oh tempo… Volta para trás!

(Mini-Review) Mate 50 Pro: Tenho saudades da velha Huawei!

Portanto, caso já não se lembre, a gama Mate da Huawei era onde a fabricante mostrava o que realmente tinha para oferecer ao mercado, e na verdade, até significava uma rasteira às rivais diretas, nomeadamente à Samsung, ao apresentar um SoC mais avançado comparativamente a tudo o resto, e capaz de elevar ainda mais a performance fotográfica, que tanto definiu a gigante Chinesa, durante os seus anos de aposta no mundo Android.

Dito isto, apesar da mudança dos tempos, e das limitações impostas, o Mate 50 Pro acaba por não ser uma exceção ao que dissemos em cima, ao aparecer com um design incrível, qualidade de construção muito própria da Huawei, e claro, muitas e boas funcionalidades, especialmente no campo da captura de imagem.

Claro que nem tudo é bom, visto que como dissemos em cima, este aparelho continua a não contar com serviços Google, nem com conectividade 5G, o que por si só vai fazer com que muito boa gente olhe para o preço (1199€) e diga “A sério?“.

Eu percebo a Huawei, outrora foi uma das grandes, e ainda quer continuar premium… Mas, se quer vender smartphones, por mais limitados que estes sejam, a gigante Chinesa vai ter de apostar em preços mais apelativos. Afinal, tudo é uma balança nesta vida, e se não há Google, nem há 5G, então tem de haver um preço decente a equilibrar a coisa.

Vamos por partes?

Design

Sempre foi difícil ficar indiferente ao design da gama Mate da Huawei, com a marca a apostar quase sempre em linhas muito sóbrias, e inegavelmente mais empresariais. Mas ainda assim, sempre extremamente apelativas e ‘sexys’. Especialmente na cor preta, que realça tudo isto a todo um outro nível.

Esquecendo o design, que no mundo Huawei, muda um pouco em todas as gerações, tudo permanece mais ou menos ‘tradicional’, com os botões de volume e power no lado direito, e claro, um sensor de impressão digital embutido no ecrã.

Curiosamente, o ecrã, apesar de ter uma qualidade de imagem incrível, e capacidade de chegar aos 120Hz, tem a velha ‘notch’ do Mate 20 Pro. Isto em vez de algo mais pequeno, capaz de passar mais despercebido. Contudo, isto tem uma razão de ser! Afinal, temos um novo e renovado sistema de reconhecimento facial, mais seguro, e mais rápido, relativamente às anteriores gerações.

Vale ainda a pena salientar que temos duas colunas, uma em cima (na notch), e outra na parte de baixo, logo ao lado da entrada USB-C, para uma experiência stereo. (Mas, como é óbvio, nada de entrada 3.5mm).

Entretanto, no campo das resistências, como qualquer outro topo de gama, temos certificação IP68 contra pó e água. (Isto significa imersão em água estática até 2 metros).

Ecrã

A Huawei sempre foi capaz de equipar os seus smartphones com ecrãs incríveis, e mais uma vez, o Mate 50 Pro não é exceção. Ao fim ao cabo, temos um painel OLED de 6.74”, com uma resolução 2616*1212 (19.5:9) e 428 PPI, 10-bit, com suporte a HDR10+. O ecrã, apesar da notch, é capaz de ocupar 91.4% da frente do aparelho.

Além de tudo isto, o ecrã OLED é capaz de ir até aos 120Hz, tem uma resposta ao toque de 300Hz, e conta ainda com suporte a 1440Hz PWM, o que de forma muito resumida diminui o pulso de imagem em brilhos mais baixos.

Performance

Como dissemos em cima, este smartphone está limitado a redes 4G, devido às limitações/sanções, que ainda pairam em cima da Huawei. Isto significa que o Mate 50 Pro é baseado num SoC Snapdragon 8+ Gen1 4G. Ou seja, apesar de não contar com suporte às redes de nova geração, é um smartphones rápido à sorte. Aliás, é um dos aparelhos mais rápidos que tive o prazer de testar em 2022.

Algo que faz a diferença no uso do dia-a-dia, mas que realmente mostra as vantagens no campo do processamento de imagem. Já lá vamos.

Bateria / Autonomia

Outrora, a Huawei foi a rainha do carregamento rápido! Hoje em dias as coisas já não são bem assim, com essa honra a cair para cima da Xiaomi, e Oppo, que contam com tecnologias de carregamento rápido de 120W e 150W, respetivamente.

Ainda assim, o Mate 50 Pro vem com um carregador de 66W na caixa, e é também capaz de carregar a 50W sem fios.

A bateria é de “apenas” 4700mAh, o que pode parecer curto, mas que nas mãos da Huawei faz maravilhas, tal é a otimização do EMUI. 1 dia de uso intensivo é facilmente alcançável. 

Fotografia 

Como deve saber, a Leica abandonou a Huawei para se juntar à rival direta Xiaomi. Contudo, isso não significa que a Huawei baixou os braços e desistiu de inovar no campo da captura de imagem. Afinal de contas, a Huawei prontamente abriu a sua própria divisão de desenvolvimento para fotografia, de seu nome XMAGE, com resultados incríveis, como podemos ver nas imagens capturadas por nós, e também nas muitas análises da especialidade.

Como uma imagem vale sempre mais que 1000 palavras, olhe para algumas das nossas fotos:

 

Conclusão

Noutros tempos, estaríamos a olhar para o Mate 50 Pro como um dos grandes do mundo Android, ao conseguir oferecer performance, design, e acima de tudo, uma qualidade fotográfica capaz de fazer tremer qualquer Canon ou Sony.

Em 2022, estamos a olhar para este aparelho como o melhor smartphone que muito provavelmente não vai comprar.

Volto a dizer… Gostava de ver uma Huawei a mexer nos preços, para equilibrar a já mencionada balança.

Não tem Google nem 5G? Ok! Então, tem aqui um topo de gama a um preço mais aliciante, com um ecossistema em franco crescimento. Como está, a ~1200€, é difícil recomendar.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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