(Mini-Review) Huawei P50 Pocket: Cada vez que testamos um novo smartphones da Huawei na Leak.pt, dizemos a mesma coisa… A gigante Chinesa já não é a força esmagadora que foi, no passado. Contudo, isto não significa que a fabricante não saiba fazer smartphones, ou talvez mais importante que isso, que não saiba inovar.
Muito pelo contrário, a Huawei continua a ser extremamente interessante, especialmente na qualidade de construção, na implementação de designs apelativos, e claro, na performance de captura de imagem.
Ao fim ao cabo, caso já não se lembre, antes do domÃnio esmagador da Samsung no mundo dos smartphones dobráveis, tivemos uma corrida épica entre a gigante Sul Coreana Samsung, e a gigante Chinesa Huawei, para ver quem chegava primeiro ao mercado com um smartphone dobrável.
A Samsung ganhou essa corrida com o primeiro Galaxy Fold, mas pouco tempo depois, a Huawei também lançou o seu primeiro Mate X, com um design bastante diferente do habitual, e claro, toda a qualidade que sempre nos habituou.
A corrida para ver quem chega primeiro terminou, mas mesmo após todas as dificuldades, a Huawei continua a impressionar na parte dos dobráveis, primeiramente com as muitas versões do Mate Xs, que continua impecável, mas também com o seu recente P50 Pocket, um rival ao Galaxy Z Flip, que apesar de não ser muito diferente, parece ser melhor pensado em alguns aspetos, como é na verdade a sua dobra.
Vamos por partes?
(Mini-Review) Huawei P50 Pocket: Um exemplo!
Especificações Técnicas
- SoC: Qualcomm Snapdragon 888
- Ecrã Principal: 6.9” OLED, 120Hz, 1188 * 2790 , 21:9, 442ppi
- Ecrã Secundário: 1.0” OLED, 340 * 340, 328 ppi
- Memória: 8GB ou 12GB
- Armazenamento: 128GB ou 256GB
- Tamanho e Peso: 170 * 75.5 * 7.2mm, 190g
- Bateria: 4000mAH com carregamento rápido de 40W e carregamento inverso de 5W
- Câmeras:
- 40 MP, f/1.8, PDAF, Laser AF;Â Ultra wide angle:
- 13 MP, f/2.2, 120Ëš, AF;Â UV:
- 32 MP, f/1.8, 1/3.14″, 0.7µm, AF.
- Frontal: 10.7 MP, f/2.2, (ultrawide).
Portanto, o P50 Pocket é a óbvia resposta da Huawei à gama Galaxy Z Flip da Samsung, deixando o Mate X2 como a versão que tem de andar à porrada no mercado com o Galaxy Z Fold, pelo dinheiro dos consumidores com carteiras mais fundas.
Dito isto, sendo parte da famÃlia P50, o Pocket tem como base um SoC Snapdragon 888 4G, em vez de um dos mais recentes Qualcomm Snapdragon 8 Gen1 ou 8+ Gen1. Sim, 4G! A Huawei ainda não tem acesso à s redes de nova geração 5G, mas sejamos honestos, o 5G é assim tão importante nos tempos que correm?
Para mim, não é isso que me afasta do aparelho, a remoção do 5G não é, e a este ritmo, nunca vai ser um “deal breaker” no mundo dos smartphones. O real problema deste aparelho, é mais uma vez, o desaparecimento dos serviços Google. Mas isso é uma história contada demasiadas vezes, que representa as limitações que já tão bem sabemos.
Por isso, vamos ao que realmente interessa!
Entretanto, o P50 Pocket conta com um ecrã OLED dobrável de 6.9”, com um formato, na minha opinião, mais apelativo que aquilo que podemos encontrar no mais recente Z Flip4 da Samsung. Afinal, muito provavelmente pela largura do painel, o P50 Pocket parece mais um smartphone normal, quando aberto, comparativamente à alternativa da Samsung.
Também à semelhança do Flip, temos um ecrã secundário no exterior, mais pequeno, em forma circular em vez de retangular, onde podemos ter acesso a várias funcionalidades extra. Incluindo um preview daquilo que está a filmar, ou tirar foto, o que dá sempre jeito, especialmente se quiser tirar uma selfie com o módulo principal, em vez da sempre mais fraca câmera para frontal.
Em termos de performance, temos o já mencionado SD888, bem como 8GB ou 12GB de memória RAM, e ainda 256GB ou 512GB de armazenamento interno. Curiosamente também temos suporte a expansão de armazenamento via cartão NanoMemory, mas isso vale o que vale… Porque leu bem, é cartão NanoMemory e não microSD.
Infelizmente, ao contrário das ofertas da Samsung, o P50 Pocket não tem certificação contra salpicos ou poeiras. Além disso, também não temos carregamento sem fios.
Onde é que este P50 Pocket é diferente relativamente ao Z Flip da Samsung?
O P50 Pocket é muito parecido ao Galaxy Z Flip da Samsung, isso é óbvio! Mas existem algumas diferenças que temos de salientar.
Primeiro, o ecrã primário é um pouco maior e mais largo. Segundo, o P50 Pocket é um pouco mais pesado, e na minha opinião, parece mais premium e robusto. Terceiro, temos um módulo de câmeras mais ao estilo daquilo que seria um topo de gama Android, ao contar com 3 sensores em vez de apenas 2. O que nem sempre significa mais performance, especialmente depois do update aos sensores do Z Flip4, mas significa um módulo mais capaz de se adaptar a qualquer situação.
Talvez mais importante que isto tudo, o dobrável da Huawei fecha completamente, enquanto a alternativa da Samsung tem de manter sempre uma “gretinha” aberta, para não partir a camada UTG de proteção do ecrã OLED.
Isto não é melhor nem pior… É uma escolha!
Se a Samsung quisesse, também fechava completamente os seus smartphones dobráveis, mas prefere apostar na resistência e durabilidade, ao implementar o famoso vidro Ultra Thing Glass. Se vale a pena apostar no vidro fininho em vez de fechar o aparelho? Bem, fica para o consumidor decidir. PS: (É muito provável que a próxima geração Z Fold e Z Flip já feche completamente.)
Performance e Fotografia
O nÃvel de performance é o esperado de um smartphone da Huawei, mesmo sendo baseado num SoC mais antigo, como é o Qualcomm Snapdragon 888. Tudo é fluido, tudo é rápido, naquilo que é um autêntico computador em ponto pequeno.
Obviamente que temos a limitação Google, mas a Huawei também está muito melhor nesse aspeto, graças à super evolução dos serviços HMS. Não é a mesma coisa, mas hoje em dia, viver sem Google no ecossistema Huawei não é de todo o fim do mundo.
Quanto à fotografia, deixamos alguns exemplos em baixo:
Conclusão
Num mundo perfeito, o P50 Pocket seria um rival à altura daquilo que a Samsung tem para oferecer no mundo dobrável mais amigo da carteira. Mas, num mundo com sanções Norte-Americanas, em que a Huawei tem de utilizar um SoC antigo, limitado aos 4G, tem um ecrã OLED com 90Hz em vez de 120Hz, e tem um preço de 1500€, visto que em Portugal apenas podemos encontrar a versão Premium Especial em vez da ‘normal’, é muito difÃcil recomendar o aparelho.
Fica como um exemplo a seguir para as restantes fabricantes, para finalmente baterem o pé ao domÃnio da Samsung no mundo dos dobráveis.
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