(Mini-Review) Galaxy Z Fold5: É o dobrável, e não um dobrável

A Samsung foi a primeira fabricante do planeta a lançar um smartphone dobrável, sendo assim responsável pelo sucesso deste tipo de aparelho, e na verdade, também pelo seu insucesso. Afinal de contas, o facto de ter sido a primeira a chegar às prateleiras com um produto teve um custo que o mercado ainda está a pagar… Ainda se lembre do Galaxy Fold de 2019, que foi recolhido imediatamente após ser lançado? Falhou na resistência e durabilidade, o que claro está, manchou a imagem dos dobráveis aos olhos de todos os consumidores.

Entretanto, muitos anos passaram, e este tipo de aparelho evolui de uma forma inegável. Até estou pronto a dizer mais que isso! Acredito que 2023 e 2024 vão ser os anos em que os dobráveis podem vir a ter um novo nível de sucesso. Caso contrário, vão acabar por cair no esquecimento. O mercado está a mudar, e as fabricantes estão mesmo a olhar para este formato como o próximo passo lógico.

Aliás, até a Apple tem planos para lançar um smartphone dobrável.

O que nos leva até 2023, altura em que a Samsung lançou o Galaxy Z Flip5, aquele que é muito provavelmente o smartphone mais apelativo do ano para a grande maioria dos consumidores ‘jovens’, e claro, o Galaxy Z Fold5, que aos olhos da grande maioria dos entusiastas, é a bandeira do mundo dobrável, ao transformar um smartphone num autêntico tablet.

Curiosamente, nunca fui o maior fã deste formato, por não perceber que vantagem poderia tirar desta “transformação”, quando na verdade, no ecossistema Android, ninguém quer saber dos tablets para nada. Mas… Tenho a dizer que desde o ano passado, este formato está a ser capaz de me conquistar.

O Galaxy Z Fold4 quase me encheu as medidas, e pelas minhas duas semanas de teste com o novíssimo Z Fold5, posso dizer que estou 99% conquistado. Este dobrável da Samsung não é apenas mais um… É pura e simplesmente o melhor dobrável do mercado.

(Mini-Review) Galaxy Z Fold5: É o dobrável, e não um dobrável

teste de resistência ao Galaxy Z Fold 5

Portanto, nesta altura do campeonato, já não faz grande sentido fazer uma ‘análise’ tradicional. Porém, continua a existir espaço para dar a nossa opinião face à forma como este formato vem vindo a evoluir no mundo Android, especialmente nas mãos da Samsung.

Especialmente aos meus olhos, que nunca fui o maior fã do formato Fold, mas sempre achei alguma piada ao formato Flip. Aliás, foi exatamente por isso que escolhi fazer análise primeiramente ao Z Flip5, e apenas após o término desse teste, iria dar o salto para o mais caro Fold5. Continuo a achar que essa foi a melhor decisão, tal é o nível de inovações no novo Flip. Mas… Contra as minhas expectativas, o melhor dobrável é inegavelmente o Z Fold5 da Samsung.

Posso até dizer que nunca achei piada aos dobráveis Fold, porque eram pesados, eram grossos, não fechavam completamente, e apesar do ecrã secundário na parte da frente, graças à grossura e formato estranho, utilizá-lo era um pesadelo. Bem, isso mudou bastante com o Z Fold4, e mudou ainda mais com o Z Fold5.

Mudou tanto, que apesar do meu ódio no passado, hoje em dia era bem capaz de utilizar um destes smartphones como aparelho principal.

Afinal de contas, enquanto o Z Fold4 melhorou imenso o nível de performance e experiência de software, o Z Fold5 corrigiu muitos dos defeitos irritantes como era a dobra que não fechava completamente, o que por sua vez também torna o aparelho muito mais fino e fácil de manusear.

É absolutamente incrível responder a e-mails, ver threads no Reddit, ou pura e simplesmente editar imagens ou vídeo, seja para mandar a amigos no WhatsApp, ou publicar nas histórias do Instagram.

Até para quem gosta de estar no sofá a ver TikToks, ou a ver vídeos aleatórios no YouTube, ter um Z Fold5 na mão significa ter uma qualidade de utilização superior a qualquer outro smartphone do mercado. Em suma, seja um utilizador casual, ou um profissional, o Galaxy Z Fold5 traz uma nova forma de fazer as coisas para cima da mesa, e isso é impagável. Bem… Impagável pode ser um exagero, porque talvez não valha o preço que a Samsung pede pela versão base deste smartphone (1949€), mas, é inegavelmente um aparelho muito mais capaz do que o mais vulgar dos smartphones que vemos nas prateleiras, incluindo a grande maioria dos topos de gama Android ou iOS.

Porém, apesar de todos os pontos positivos, ter um dobrável ainda significa fazer alguns compromissos.

Que compromissos são estes? Bem, estamos a falar da bateria, que diretamente influencia a autonomia do aparelho. Além disso, estamos também a falar do módulo de câmaras traseiro, que ainda não está ao nível daquilo que tem de pagar para ter um super topo de gama como é o Z Fold5.

Afinal, um smartphone dobrável tem menos espaço para a implementação de componentes. Sendo exatamente por isso que não temos o mesmo sensor principal do Galaxy S23 Ultra, nem temos uma bateria de 5000mAh.

Isto é muito grave? Não, não é. O Z Fold5 continua a oferecer uma excelente autonomia graças ao uso de um SoC Qualcomm Snapdragon 8 Gen2 ‘For Galaxy’, e oferece também uma performance fotográfica muito similar à do Galaxy S23 ou S23+. Pode ver alguns exemplos de captura em baixo.

Comparativamente a um topo de gama mais a sério, e mais focado na fotografia, o Z Fold5 só fica atrás no zoom. Mas vamos demonstrar isso amanhã numa comparação entre os dois topo de gama da Samsung.

Conclusão

O Galaxy Z Fold5 é um smartphone incrível, diferente de tudo o resto, que apenas peca por ser extremamente caro para a realidade Portuguesa. Mas calma, se é impensável para si dar quase 2000€ por um smartphone… Fique a saber que segundo os mais recentes rumores, a Samsung está a preparar o primeiro dobrável FE para um lançamento já no próximo ano.

Antes de mais nada, o que pensa sobre tudo isto? Está interessado em um dos dois novos dobráveis da Samsung, ou está mais interessado nos modelos do ano passado que já baixaram significativamente de preço? Partilhe connosco a sua opinião na caixa de comentários em baixo.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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