Microchips flexíveis de plástico vão mudar o mundo!

Hoje em dia, qualquer coisa, por mais simples que seja, tem um microchip embutido. Sejam máquinas de lavar roupa, frigoríficos, relógios, lâmpadas, etc… É a loucura! Mas isto é apenas o início, visto que é uma questão de tempo até os circuitos começarem a ser impressos em tecido, em plástico, em papel, etc… Tudo a preços simplesmente irrisórios!

É um futuro que já esteve bem mais longe, visto que a gigante ARM já começou a trabalhar arduamente neste tipo de aplicação. Abram alas ao PlasticARM.

Microchips de plástico flexíveis vão mudar o mundo!

Portanto, a designer de chips ARM acabou de demonstrar um protótipo de um microchip flexível, de plástico, denominado de PlasticARM. De forma bastante curiosa, este nem é o primeiro chip flexível a sorrir para as câmeras… Mas é certamente o mais complexo.

Afinal de contas, o PlasticARM conta com um núcleo Cortex-M0 de 32-bit, bem como 456 bytes de ROM e 128 bytes de memória RAM. Um chip com uma base de 18000 ‘logic gates’, que segundo a ARM, é um número 12x maior em comparação direta ao antecessor de plástico.

Entretanto, a parceria que ajudou no desenvolvimento de todo o projeto, a PragmatIC, afirma que é um chip com muito potencial, mas que obviamente ainda não chega sequer aos calcanhares daquilo que é possível fazer com o silício nos tempos que correm. Afinal de contas, por enquanto, o PlasticARM é apenas capaz de correr três programas, que têm de ser implementados logo na altura da produção do semicondutor.

Chip flexível?

O que torna tudo isto muito interessante, não é a performance nem a eficiência do chip. Mas sim o facto de ser baseado em componentes flexíveis. Que por sua vez podem ser impressos em superfícies também elas flexíveis.

Ou seja, estamos a falar do início de algo bombástico, que vai envolver a impressão de circuitos integrados em tecido, plástico ou até mesmo em papel. Tudo de uma forma super barata, e simples. Consegue imaginar as possibilidades?

Podemos ter chips em pacotes de leite, de forma a perceber a quantidade ainda existente no pacote, ou se o produto está estragado. Podemos ter chips em lâmpadas capazes de dizer ao utilizador as horas de uso restantes. Em suma, vai ser possível dar vida a todo e qualquer objeto do nosso dia-a-dia. Ou seja, uma verdade Internet das Coisas!

Claro que é uma realidade que ainda está a anos de distância, visto que um dos problemas mais graves da tecnologia é mesmo a eficiência energética. Mas temos aqui o início de algo que pode muito bem revolucionar as nossas vidas a médio/longo prazo.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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