Como é óbvio, a diferença da frequência de memória tem um impacto direto na performance média de uma máquina! Afinal de contas, quanto maior for esta frequência, maior é a capacidade de transmitir informação para o processador.
No entanto, as coisas não assim tão lineares… Aliás, caso não saiba, um kit de memória RAM não funciona mesmo a 3000MHz ou 3200MHz! Ou seja, a memória está na realidade a 1500MHz ou 1600MHz, o valor duplica porque esta mesma memória realiza duas transferências de dados a cada ciclo de clock (DDR = Double Data Rate).
Mas vamos por partes.
A frequência da memória RAM tem um impacto sério na performance?
Como dissemos em cima, é óbvio que sim, que a performance depende da frequência da memória RAM. Mas o impacto da frequência não conta tudo, visto que cada arquitetura é capaz de aproveitar ou não o aumento do clock de formas diferentes. Por exemplo, a arquitetura Zen que dá origem aos processadores Ryzen da AMD adora frequências altas, isto enquanto as últimas arquiteturas da Intel não dão assim tanta importância. Dito isto, talvez seja boa ideia perceber como tudo isto funciona!
Assim… Achou a explicação de introdução complexa? É que a coisa não vai ficar mais fácil nas próximas linhas! Ao fim ao cabo, os 1500MHz mencionados em cima nem sequer são o clock da memória, mas sim o clock da entrada/saída. Ou seja, cada chip de memória opera a uma frequência significativamente mais baixa.
Por exemplo, um stick de memória RAM que apregoa uma velocidade de 3200MHz (3200 MT/s), tem um clock interno de 400MHz, mais ou menos um quarto da velocidade do clock real. Porquê a diferença? Pois bem, cada módulo de memória RAM é composto por vários chips paralelos organizados de forma inteligente. Chips esses capazes de fornecer mais informação para o BUS da placa, do que a placa tem capacidade de transmitir, conseguindo assim uma espécie de multiplicação da velocidade real.
Contudo, como deve imaginar, não existe aqui qualquer tipo de magia… Ou seja, depois do processador pedir dados à memória RAM, esta precisa de uma certa quantidade de ciclos de clock até conseguir disponibilizar tudo. Isto tem o nome de latência, algo que é normalmente medido em ciclos de clock, e que na própria memória irá estar descrito como CL (Exemplo: CL15, CL16, etc…)
Assim, se por ventura tiver um kit de memória DDR4 3200MHz CL14, tem afinal um kit de memória Double Data Rate v4, capaz de 3200MT/s com uma latência CL-14. Este mesmo kit irá ser capaz de realizar 3.4 mil milhões de transferências por segundo, com uma latência de 14 ciclos de clock.
Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Partilhe connosco a sua opinião nos comentários em baixo.
Receba as notícias Leak no seu e-mail. Carregue aqui para se registar. É grátis!