Caso ainda não tenha percebido, o mundo dos computadores está a mudar, com o duopólio AMD vs Intel a perder alguma da sua importância. Ou seja, temos outras fabricantes de chips a querer entrar na brincadeira Windows, de forma a tentar ter o mesmo impacto que a Apple conseguiu ter no mercado de computadores Mac, quando trocou a Intel pelos seus próprios processadores Apple Silicon baseados na arquitetura ARM.
Dito isto, e como já deve saber, os primeiros processadores a entrar nesta brincadeira, são os Snapdragon X da Qualcomm, que também são compatíveis com o programa Copilot+ da Microsoft.
De facto, estes não são os únicos processadores Copilot+ do mercado, visto que a AMD também tem propostas muito interessantes na forma dos recentemente lançados Ryzen AI, e a Intel também está a preparar toda uma nova gama de processadores para ficar ao mesmo nível das rivais. Mas, apesar do facto de também não serem os primeiros processadores ARM pensados para o mundo Windows, é preciso salientar que estes são os primeiros chips baseados na arquitetura ARM a serem realmente capazes de oferecer elevados níveis de performance, funcionalidade, e talvez mais importante que tudo isto, uma autonomia de bateria quase inacreditável.
A ASUS enviou um Vivobook S equipado com um Snapdragon X Elite para teste, e as primeiras impressões são mesmo qualquer coisa!
Já temos um portátil Copilot+! É qualquer coisa!
Portanto, caso já não se lembre, a ASUS aproveitou a Computex 2024 para apresentar toda uma nova gama de produtos, com um grande destaque para a consola portátil ASUS ROG Ally X, e claro, todos os novos portáteis agora muito mais focados na Inteligência Artificial, mais concretamente a capacidade de suportar o programa Copilot+ do Windows 11.
O que é o Copilot+?
Nada melhor do que perguntar diretamente ao Copilot do Windows 11 neste mesmo exato portátil da ASUS.
Ou seja, estamos a falar de uma nova categoria de computadores baseados no Sistema Operativo Windows da Microsoft, que agora integram tecnologia baseada em Inteligência Artificial para aumentar o leque de funcionalidades e performance. Para um computador ser Copilot+, tem de contar com um NPU capaz de chegar ou ultrapassar aos 40 triliões de TOPs (mais de 40 triliões de operações por segundo).
Hoje em dia, isto significa que pode fazer qualquer tipo de perfgunta, pode gerar documentos, imagens, etc… Tudo isto a partir do motor IA que dá agora vida ao Windows. Por exemplo:
Das pesquisas mais curiosas, foi a que fiz a um amigo meu de escola, e de andebol, que até a alcunha foi buscar.
Além destas “brincadeiras”, é possível fazer pesquisas mais complexas, ter ajuda em todo o tipo de tabalho, criar imagens à sua medida, ou até ter ajuda em projetos de programação.
O mais incrível, é a capacidade e velocidade com que o sistema é capaz de criar um projeto de programação.
Estamos a falar de um sistema com um potencial transformativo brutal, para mudar a forma como trabalha, como faz pesquisas, ou mais concretamente, a forma como vive a sua vida.
ARM + Windows?
Pois bem, caso não saiba, ainda existem algumas dificuldades na associação Windows + Processadores ARM. Mas, é também inegável que os processadores ARM têm melhorado significativamente no suporte ao SO Windows da Microsoft, especialmente com o Windows 11. No entanto, ainda existem alguns desafios, como estes:
- Emulação de programas x86/x64: Muitos programas tradicionais são desenhados para a arquitetura x86/x64. Assim, para os executar em processadores ARM, o Windows usa emulação, o que pode causar problemas no desempenho. (Isto também aconteceu e continua a acontecer nos computadores Mac da Apple).
- Compatibilidade com Drivers: Alguns drivers de hardware, jogos e aplicativos precisam de ser especificamente desenhados para ARM. Isto pode significar que a sua impressora mais “velhota” não vai funcionar com o seu novo portátil, por exemplo.
- Jogos: Alguns jogos podem não funcionar corretamente ou ter um desempenho inferior em dispositivos ARM devido à falta de otimização.
Então e o Vivobook S15?
Apesar das limitações que o ARM ainda traz para cima da mesa, este portátil é do mais ágil e veloz que tenho visto. Mesmo com 2 monitores de grande resolução, tudo acontece de forma super rápida, fica até a ideia de que de forma mais rápida relativamente ao meu PC Desktop baseado num processador Ryzen 7 7800X3D.
Mas, o que mais me tem impressionado nestes primeiros dias de utilização, é mesmo a duração da bateria. A ASUS promete 18 horas, e muito honestamente, não é de todo um número extremamente ambicioso. Dependendo da sua utilização, pode ultrapassar facilmente este número.
É um portátil que pode meter na mala, sem carregador, sair o dia todo, trabalhar como costuma fazer todos os dias, e voltar para casa com mais de metade da bateria ainda por gastar. É quase inacreditável.
Quanto ao portátil em si, não é de todo diferente face aos restantes Vivobook dos últimos anos. É leve, é esguio, tem um ecrã OLED, e tem toda a qualidade de construção que pode e deve esperar de um aparelho ASUS.
O seu preço de venda ao público é de 1499€, isto com o já mencionado SoC Snapdragon X Elite, um ecrã OLED capaz de chegar aos 120Hz, 32GB de memória RAM e 1TB de armazenamento interno. Acha um bom preço? Ou as limitações ainda são demasiado pesadas?
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