Quem é que nunca ouviu falar do fenómeno da TV pela Internet com todos os canais a um preço mais baixo ou até de borla (IPTV Pirata)? Ou melhor, quem é que nunca viu um jogo de futebol dos três grandes em streams ilegais?
Muito resumidamente, é uma área cada vez mais seguida pelos consumidores de forma global! Mas em boa verdade, também conta com cada vez mais inimigos na forma dos estúdios que já formaram alianças de proporções gigantescas, ou mesmo fornecedores de sinal IPTV que não gostam de ver os seus direitos ‘violados’.
Pois bem, tudo isto levanta uma questão muito interessante… Quando é que vamos ter uma equipa de polícias a invadir-nos a sala de estar, por estarmos a ver um Benfica vs Sporting de forma ilegal? (Ao estilo do Augusto Inácio, claro está!)
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- IPTV: O que é? Como funciona? Como posso usar legalmente? (Parte 2)
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IPTV Pirata – Quando é que vamos ter uma acção séria das autoridades?
Antes de mais nada, temos de ter em conta que o ‘roubo’ do sinal de TV faz um grande número de vítimas, mais concretamente os produtores, atores, autores, fornecedores do serviço, clubes de futebol, etc…
Aliás, se pensarmos bem no assunto, o ato de consumo de conteúdo Pirata, até pode ter impacto na nossa sociedade, que se pode ver privada de milhares de postos de trabalho. O que por sua vez irá resultar numa diminuição das receitas fiscais. (Isto já para não falar na privação de novo conteúdo multimédia, devido às quedas nas receitas e posterior falta de investimento.)
A luta contra a pirataria digital já começou na Europa! No entanto… Os resultados ainda estão muito longe de ser significativos
Portanto, a pirataria digital ou neste caso ‘IPTV Pirata’, é no fundo o roubo de propriedade intelectual, que pode realmente ter sérios efeitos nefastos na nossa sociedade.
Dito isto, na Europa têm-se sucedido várias operações internacionais de desmantelamento de rede de distribuição de sinais IPTV ilegais. Redes essas que têm sido extremamente lucrativas para quem faz vida da distribuição destes sinais. (O que claro está, equivale a grandes prejuízos do outro lado da barricada.)
Temos o exemplo das recentes operações da Europol com a Eurojust em vários países como a França, Bélgia, Holanda, Alemanha, etc… Que resultou no desmantelamento da super estrutura Xtream Codes! Um rude golpe neste mercado, que curiosamente também resultou numa queda de 50% neste tipo de tráfego na Internet.
Mas quais foram os resultados práticos deste desmantelamento da rede IPTV Xcode Streams?
Caso não saiba, a queda no tráfego após o desaparecimento do Xtream Codes foi apenas momentânea. Ao fim ao cabo, em qualquer coisa como 3 meses, os níveis de utilização não só voltaram ao normal, como até chegaram a ultrapassar os níveis da altura.
Dito isto, para ter noção do tamanho da estrutura, a plataforma Xtream Codes vendia pacotes de canais a cerca de 5000 clientes, que por sua vez redistribuíam o sinal a outros 50.000 clientes. Estamos a falar de pacotes que iam desde os 15€ até aos 59€, dependendo do conteúdo contratado.
Curiosamente, destes 50.000, tínhamos outros 700.000 consumidores ligados ao serviço.
Pois bem, qualquer cliente desta rede poder ter de vir a pagar uma coima que pode ir dos 25€ até aos 2500€. Além disto, podem também enfrentar uma pena de prisão entre os 6 meses e 3 anos. Entretanto, os responsáveis pela gigantesca rede foram acusados de associação criminosa para reprodução e comercialização ilícita de sinais IPTV.
Esta operação é apenas um exemplo de uma autêntica caça às bruxas que apenas tem ganho cada vez mais força nos últimos meses.
Ainda assim, se por um lado temos operações desta envergadura um pouco por toda a Europa, por outro temos também de nos questionar o porquê das nossas autoridades judiciais Portuguesas não terem grande interesse neste tipo de combate ao IPTV Pirata.
Afinal, não estiveram envolvidas na operação, e parecem ter os olhos bem fechadinhos quando o assunto é o IPTV Pirata em solo Nacional… Mas até quando?
O cerco começa a apertar, e por isso, não deverá tardar até existir um real esforço Europeu, com todos os estados membros para acabar com este fenómeno. Incluíndo o nosso País!
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