Há alguns dias atrás, afirmámos que esperar um smartphone sem porta USB-C é um sonho muito complicado de se realizar. Pelo menos a curto/médio prazo. Aliás, isto foi dito por representantes de algumas fabricantes na MWC 2025. Porquê? Simples! A União Europeia conseguiu finalmente meter o USB-C como padrão para tudo, e como deve imaginar, não existe grande vontade de voltar atrás.
Mas… Se calhar não é bem assim!
iPhone sem portas? A UE não vai meter o bedelho!
Portanto, caso não saiba, a Apple já anda há uns bons tempos a preparar um iPhone sem portas nem furos no ecrã. A ideia é simples. Chegar a um telemóvel 100% wireless, tanto para carregamento como para transferência de dados.
De facto, tudo indica que o plano era lançar este design futurista já este ano com o iPhone 17 Air, mas a Apple terá hesitado, com medo que a União Europeia lhe estragasse os planos. Afinal, foi a UE que obrigou a marca a trocar o Lightning pelo USB-C.
Mas parece que não há motivo para preocupações: a UE já confirmou que um iPhone sem portas não viola as regras.
UE não vai travar o iPhone, ou qualquer outro smartphone, sem portas
A Comissão Europeia disse ao site 9to5Mac que a legislação atual não impede o lançamento de um smartphone sem porta de carregamento.
Mais resumidamente, se um telemóvel não suportar carregamento via cabo, então não precisa de ter USB-C. Além disso, a UE já deixou claro que quer harmonizar os padrões de carregamento sem fios, para evitar um futuro em que cada marca tem um sistema próprio e os consumidores ficam a arder.
Por isso, não é por aqui que as fabricantes podem voltar aos seus velhos métodos confusos.
No caso da Apple, o MagSafe já faz parte do Qi2, o novo standard adotado pela Wireless Power Consortium. Ou seja, não há entraves legais para um iPhone sem portas.
Então quando chega o primeiro smartphone sem portas?
Acredito que isto poderá acontecer primeiramente no lado dos dobráveis, visto que muitos deles estão limitados pelo tamanho físico da porta USB-C. Mas, como sempre, não existem datas. Talvez para breve, especialmente agora que a UE clarificou a coisa.