Caso não tenha reparado, muitas das tarifas que Donald Trump implementou andam ali a fugir um bocadinho da Apple. O que é normal, porque a gigante Norte-Americana da maçã mete muito dinheiro em impostos nos cofres do governo agora liderado por Trump. Mas, no meio de toda a loucura, não é certo que a Apple consiga escapar a tudo.
iPhone livre das tarifas e aumentos? Mais ou menos!
Nos últimos dias, algumas empresas tecnológicas suspiraram de alívio quando Donald Trump decidiu excluir certos produtos das suas tarifas. Os semicondutores, por exemplo, ficaram de fora. Mas esse alívio é temporário. E para a Apple? A coisa continua muito longe de estar controlada.
Ou seja, a gigante de Cupertino pode até já não estar no centro imediato das novas tarifas americanas. Mas isso não significa que esteja 100% a salvo.
iPhone a 3000 euros? Não é piada. É uma possibilidade.
A China já deixou bem claro que não vai aceitar que outros países alinhem com os EUA sem consequências. POr isso, se cooperas com Washington, arriscas-te a ver Pequim a fechar-te as portas. Estamos a falar de retaliações diretas contra empresas, como é o exemplo da Apple.
Ou seja, a Apple não tem de se preocupar apenas e só com aquilo que Donald Trump anda a fazer, tem também de olhar para o outro lado da rua, onde tem toda a sua logística instalada e afinada ao milímetro. Dito isto, sendo uma empresa Norte-Americana, a Apple está entre a espada e a parede.
Isto porque, no final do dia, ainda estamos a meio de uma guerra comercial que, apesar dos altos e baixos, continua a escalar. Quem está no meio? A Apple. E quem paga a fatura? Todos nós.
Produzir (montar) iPhones na China pode ser um problema em breve.
Apesar de existir uma pausa de 90 dias nas tarifas mais recentes, não há garantias de que essa trégua vá durar. Grande parte da produção dos iPhones continua a ser feita na China. Por isso, se o ambiente político se deteriorar, e a China decidir começar a “castigar” empresas, montar iPhones em território chinês pode deixar de ser viável.
A Apple vai ter de decidir: absorve os custos das tarifas ou empurra-os para o consumidor? Se for a segunda opção, não é difícil imaginar um iPhone 17 com preço de portátil topo de gama. Portugal que se prepare…
Conclusão: o cliente é sempre o primeiro a cair.
A guerra comercial entre os EUA e a China está longe de acabar. Ninguém sabe como vai terminar, mas uma coisa é certa: antes dos governos sentirem o impacto… somos nós, consumidores, que levamos com ele na carteira.