Marte é agora um planeta árido e frio, mas se alguma vez suportou vida, ainda é uma questão em aberto. Na Terra, as áreas que no passado disponibilizaram grandes quantidades de água, possuem diversas evidências da existência de vida. É exatamente por esse motivo que algumas partes de Marte têm sido fortemente investigadas, em busca de indÃcios de vida. No entanto, um novo estudo publicado na revista Nature Geoscience afirma que talvez não seja o melhor local para procurar.
Marte: Procurar abaixo da superfÃcie pode ser a solução
Segundo o responsável pelo estudo, “considerando o pouco que sabemos acerca das origens da vida na Terra, faz sentido adotarmos um plano mais amplo para procurar por sinais de vida”. A principal sugestão é procurarem abaixo da superfÃcie do planeta, em áreas que anteriormente alojaram sistemas hidrotermais.
“Marte não é a Terra”, afirmam os investigadores. “Devemos compreender que a nossa perspetiva acerca da forma como a vida se formou e evoluiu é influenciada pelo facto de vivermos num planeta onde a fotossÃntese está envolvida”.
Na altura em que a fotossÃntese surgiu na Terra, Marte era um planeta frio e sem atmosfera. Isto aliás era algo que perdurava há, pelo menos, mil milhões de anos.
Uma vez que Marte não é tão grande como a Terra, o núcleo arrefeceu mais depressa. Isto levou à perda do campo magnético deste planeta. É por esse motivo que há quatro mil milhões de anos, o planeta perdeu a sua atmosfera e deixou de estar protegido da radiação e dos ventos solares. Isto significa que se Marte tivesse tido vida na superfÃcie, teria de ter sido mil milhões de anos antes da Terra, o que é pouco provável.
No entanto as coisas podem ter sido diferentes para a vida subterrânea. “Marte pode ser árido e na maioria dos casos inabitável no que diz respeito à superfÃcie. No entanto, as condições hidrotermais abaixo da superfÃcie podem ser mais favoráveis”.
É quase certo que este planeta teve atividade hidrotérmica no passado – o veÃculo espacial Spirit encontrou acidentalmente este sistema em 2008. Já em 2020, a NASA está a planear enviar outro veÃculo para o planeta vermelho. Este irá reunir, armazenar e, eventualmente, enviar de volta para a Terra as amostras rochosas de Marte.
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