Intel “inventou” nomes para os seus processos de produção

Como deve saber, a Intel está um bocado atrasada na corrida dos processos de produção! Afinal, apenas agora está a conseguir retirar algum sucesso das suas famosas linhas de 10nm. Isto enquanto a TSMC e a Samsung já andam a brincar aos 5nm há quase um ano.

Um atraso bastante pesado, que aparentemente, vai agora ser ‘mascarado’ com uma estratégia de nomes bastante estranha, mas ao mesmo tempo, super interessante.

Intel decidiu “inventar” nome para os seus processos de produção

Portanto, ao que tudo indica, a Intel decidiu inventar um novo esquema de nomes. Porquê? Para fazer parecer que está em pé de igualdade com as concorrentes rivais, nomeadamente a TSMC e Samsung. Como? Bem… O processo de 10nm, que entretanto vai dar vida à gama de processadores Core 12000 (Alder Lake), e que já serve de base para os atuais Core 11000 (Tiger Lake) vai agora ser conhecido como “Intel 7”.

Ou seja, em vez de utilizar os ‘nm’ reais, a Intel quer fazer passar a mensagem que o seu processo de 10nm oferece exatamente as mesmas vantagens relativamente ao famoso processo de 7nm da TSMC. É uma estratégia de marketing bastante interessante, que muito provavelmente faz parte do plano de “comeback” delineado pelo recentemente apontado CEO Pat Gelsinger.

Posteriormente, depois do Intel 7, vamos ter o Intel 4, que tecnicamente é um processo de 7nm! Mas, claro, na cabeça da Intel, é um processo superior aos processos de 5nm da TSMC e Samsung. Ou então… Para ser mais realista. Porque o processo vai chegar na altura em que a TSMC e Samsung já andam a brincar aos 4nm ou quem sabe, 3nm.

Depois deste processo temos o Intel 3 em 2023, que claro, vai rivalizar com o já mencionado processo de 3nm, ou quem sabe, um ainda mais avançado processo de 2nm. Por fim, em 2024, vamos ter o Intel 20A, altura em que o tamanhos dos transistores vai deixar de ser medido em nanómetros, para passar a ser medido em Angstroms (0.1 nm).

Conclusão

Em suma, isto é um bocado uma estratégia de marketing para mascarar a falta de eficiência que a empresa tem tido nos últimos anos, no campo da produção de semicondutores. No entanto, também demonstra que a Intel tem agora um plano bem delineado, baseado no lançamento de um novo nó, todos os anos, até pelo menos 2024.

 

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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