Como temos vindo a dizer, a Intel está a atravessar um dos períodos mais estranhos e embaraçosos da sua história, especialmente no lado dos processadores para consumo.
Ou seja, depois de prometer mundos e fundos com as suas novas gerações de processadores, a verdade é que quem manda (ou seja, o consumidor) está a virar as costas aos novos CPUs Arrow Lake e Lunar Lake… Para ir a correr para os braços da AMD, ou no limite da coisa, para apostar em plataformas mais antigas da Intel.
Sim, leu bem. Os processadores mais recentes e teoricamente mais poderosos, estão a ficar para trás dos processadores mais antigos.
Intel: Os velhos ainda servem? São mais baratos? Está perfeito!
Durante a mais recente partilha de resultados a investidores e acionistas, a Intel admitiu que a procura está muito mais forte nos produtos “n-1” e “n-2” (ou seja, gerações anteriores) do que nos seus novos lançamentos.
Porquê? É tudo uma questão de preço.
Os produtos mais antigos estão mais baratos, e dependem de motherboards também elas mais baratas. Assim, como os mais recentes produtos não parecem ser capazes de justificar o preço mais alto com performance ou funcionalidades, os consumidores optam por não meter o seu dinheiro em cima da mesa.
Mas, o mais complicado aqui, é que a grande maioria dos consumidores não opta por processadores Intel antigos. Foge para o outro lado da barricada, ao acabar nos preços da AMD, que não só tem preços apelativos, como produtos cada vez melhores.
Conclusão: Intel está a perder o rumo… e a culpa é toda dela!
Se há coisa que este cenário deixa clara é que a Intel está numa encruzilhada. E a verdade é simples: se quer recuperar o seu lugar no topo, tem de voltar a fazer produtos que realmente entusiasmem o mercado, não apenas “mais do mesmo” com preços inflacionados.
Pelo menos neste espaço, o mercado já não come tudo o que aparece à frente, e ainda bem.