Chegou hoje ao conhecimento público que a ARM cortou relações com a Huawei. Apenas para contextualizar desenvolvem os chips que são utilizadores nos processadores Kirin. No entanto isto pode parecer estranho. É que a gigante ARM não é uma empresa norte-americana. Na verdade, é uma empresa britânica com sede em Cambridge, Inglaterra. No entanto, agora pertence ao SoftBank do Japão. Então, por que motivo está a suspender as relações com a Huawei após a recente proibição comercial dos EUA?
Tudo começou num memorando enviado aos colaboradores
Num memorando que a ARM enviou aos seus funcionários, instruiu-os a interromper todos os “contratos ativos, direitos de suporte e quaisquer compromissos pendentes” com a Huawei e as suas subsidiárias. A razão para isto é que os chips que a Huawei utiliza nos processadores Kirin contêm “tecnologia de origem norte-americana”! Assim, a proibição comercial dos EUA cobre-os.
Este é um grande golpe para a Huawei, já que isto significa que não pode desenvolver novos processadores (o Kirin 985 não é afetado, nem talvez o Kirin 700 que já pode estar em desenvolvimento).
Foi relatado que o memorando foi enviado aos trabalhadores em 16 de maio na semana passada. Dito isto, mesmo com o prazo de 90 dias concedido temporariamente pelos EUA, os funcionários da ARM não foram informados de que poderiam retomar o trabalho com a Huawei.
O memorando solicita ainda aos colaboradores que enviem uma mensagem aos funcionários da Huawei a informarem que não são capazes de “fornecer suporte, fornecer tecnologia (seja software, código ou outras atualizações), participar em discussões técnicas ou discutir assuntos técnicos. Isto é válido tanto para a Huawei, como para a HiSilicon ou qualquer uma das outras entidades nomeadas”.
Os funcionários da ARM também foram instruídos a “recusar educadamente” quaisquer conversas relacionadas com negócios que incluam a Huawei.
A proibição também afeta a ARM China, uma empresa na China da qual a ARM Holdings detém uma participação de 49%. A empresa foi criada no ano passado entre a ARM e um grupo de investimento chinês para ajudar a ARM a desenvolver e oferecer produtos e suporte na China.
Lembramos que os smartphones da Huawei utilizam chipsets da Qualcomm, da MediaTek e os seus próprios Kirin desenvolvidos internamente. Neste momento, ainda não se sabe se a ARM Holdings está a interpretar mal a proibição dos EUA.
A Huawei ainda não divulgou um comunicado acerca desta novidade. No entanto, isto pode ser um duro golpe.
Ou seja, a vergonha continua e será uma questão de tempo até todos sofrermos com isso.
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