A guerra entre os Estados Unidos e a Huawei está a prejudicar várias empresas que normalmente costumavam fornecer componentes à gigante chinesa. Agora eis que há mais novidades a circular na Internet. É que aparentemente a Huawei adiou a produção do Huawei Mate 40.
Huawei adia produção do Huawei Mate 40. Novidades à vista?
De acordo com o Nikkei Asian Review, a Huawei pediu aos fornecedores que interrompessem a produção dos principais componentes necessários para o próximo topo-de-gama da linha Mate. A empresa também reduziu os pedidos de novas peças para os próximos trimestres, numa tentativa de avaliar o impacto total das restrições dos EUA.
Em maio, o governo dos Estados Unidos deu uma enorme machadada na Huawei ao aprovar medidas para reduzir o seu acesso a fornecedores globais de chips. Como resultado disto, a TSMC, um dos parceiros mais importantes da Huawei e fabricante dos chipsets Kirin, parou de receber novos pedidos. É verdade que este fabricante já andava a fazer stock dos chips mais cruciais há dois anos, mas eram principalmente para os seus servidores e não para smartphones.
Agora, a Huawei está preocupada com o facto de da HiSilicon não poder produzir os chips necessários para os equipamentos. A HiSilicon é uma empresa que pertence à Huawei e que essencialmente desenvolve SoCs para smartphones. Como os fornecedores não podem usar nenhum equipamento americano para fabricar chips para a Huawei, a HiSilicon está a ter dificuldade em concluir pedidos.
Isto forçou a Huawei a reavaliar o seu inventário e a abordar fornecedores alternativos.
“Agora vemos que o adiamento da produção em massa da gama Mate será de pelo menos um a dois meses”, afirmou uma fonte ao Nikkei. Outro fornecedor da Huawei referiu que a marca chinesa está a analisar o inventário da HiSilicon e também a analisar a viabilidade do uso de chips da MediaTek e Qualcomm.
Esta conversa da Huawei e Qualcomm não é nova.
Alguns negócios já foram transmitidos para a SMIC, uma das maiores fábricas chinesas. No entanto, o chip mais avançado que conseguem produzir utiliza a tecnologia de 14nm.
Diz-se que a SMIC está a trabalhar nos modos de fabrico de 7nm e 8nm, mas isto não está fácil pela falta de equipamento litográfico avançado. (A maioria vem dos Estados Unidos, ou utiliza tecnologia deste país). Para a SMIC descer para 5 nm vai necessitar de duas coisas: tempo e equipamento de ponta.
Dito de outro modo, a SMIC está fora do baralho até 2021. No entanto, a Huawei tem outras opções. De acordo com um analista da KeyBanc Capital Markets, a Qualcomm vai fornecer chipsets Snapdragon à Huawei para o P50 e o Mate 50 do próximo ano. Claro que seria necessária uma licença do Departamento de Comércio americano. No entanto, ele acredita que esse pedido será concedido e que a Qualcomm vai chegar a acordo com a Huawei.
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