Caso não saiba, apesar do sucesso atual, Hogwarts Legacy começou o seu ciclo de vida de uma forma um pouco controversa, ao ser chamado de “um simulador de genocídio de géneros”. Mas sabe onde tudo começou? Bem, vamos por partes!
Hogwarts Legacy e toda a controvérsia de géneros
Portanto, tudo isto começou quando a autora dos livros Harry Potter, J.K. Rowling, comentou que “Homens serão sempre homens e mulheres serão sempre mulheres”.
Esta opinião gerou uma onda de revolta por parte da comunidade LGBT, um pouco por todo o mundo, assim como críticas severas por parte do próprio elenco dos icónicos filmes de Harry Potter. Por sua vez, como é agora tão moda na Internet, tudo isto fez com que existisse um “cancelamento” da autora, o que claro está, pôs e continua a por em causa, futuros projetos da mesma.
Entretanto, isto traz-nos ao pedido de boicote ao recém lançado Hogwarts Legacy, por parte destas mesmas comunidades. Porém, este é um projeto em que J.K. Rowling não está envolvida em nenhuma capacidade… Esperem lá, mas como assim?
Pois é, a Internet sabe muito, mas por vezes, pouco ou nada sabe. Afinal, a autora nunca esteve envolvida no projeto! Nem sequer como consultora. Ainda faz sentido fazer boicote?
Assim, o pedido de boicote foi criado apenas e só, porque a base do jogo, é o Universo que a autora criou, mas que verdade seja dita, há muito que ganhou vida própria. Entretanto, se esta decisão de deixar Rowling de parte, foi devido ao “cancelamento” mencionado anteriormente, ou foi apenas porque não sentiram essa necessidade, honestamente não sei dizer.
Porém, aquilo que eu sei, é que no que toca à atenção à diversidade de géneros, nunca joguei um jogo tão inclusivo como Hogwarts Legacy!
Afinal, além de ter a primeira pessoa transexual no franchise, tem opções bastante liberais e completas no que toca à criação da nossa personagem! (Até permitindo escolher se queremos estar no dormitório das raparigas, ou rapazes, independentemente das características físicas da personagem em questão).
Não nos podemos esquecer, que uma autora (ou autor), e o seu trabalho, chegam a um ponto em que pura e simplesmente são duas coisas diferentes.
Assim, apesar de J.K. Rowling ter caído em desgraça na opinião pública, o mundo que a mesma criou é algo incrível e mágico, que merece ser preservado. É algo que nos trouxe, e vai continuar a trazer, muita alegria e inovações, não só na parte da magia, como também na parte do desenvolvimento humano. Pode, e deve, ser uma ferramenta para evoluirmos como sociedade.
Será justo então terem pedido um boicote a este jogo?
Na minha opinião, não. Mesmo que autora ganhe dinheiro com o sucesso do projeto, por direitos ao IP, vamos esquecer as centenas de pessoas envolvidas neste projeto (e as suas famílias)? Que claro está, nada têm a ver com estas controvérsias, mas estão dependentes do sucesso do mesmo? Especialmente quando fizeram de tudo para tornar o jogo o mais inclusivo e respeitador possível, afastando logo desde inicio a J.K. Rowling?
Como é lógico, a conclusão final é sua, e apenas sua, caro leitor.
Nota do Redator: Quero terminar salientando que este artigo é meramente relativo à Porkey games e ao jogo Hogwarts Legacy.
A controvérsia que está na base desta situação é um debate completamente à parte. É algo que, como reviewer de jogos e não comentador político-social, não me diz respeito comentar. Porém, por favor, sinta-se à vontade para partilhar connosco a sua opinião na caixa de comentários em baixo.
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