Google Play Store: se tem estas aplicações está em perigo!

A Google Play Store é muito controlada pela Google. No entanto, com tantas aplicações é praticamente impossível garantir uma segurança total. A propósito isto e de acordo com novas informações a empresa chinesa, Shenzhen HAWK, está secretamente por detrás de 24 aplicações que estiveram na Play Store e que procuram obter permissões perigosas. Um aspeto muito grave é que elas foram instaladas 382 milhões de vezes. Ou seja, temos milhões de utilizadores em risco. Entretanto, estas aplicações já foram removidas.

Google Play Store: se tem estas aplicações está em perigo!

Uma das aplicações chamada Hi Security chamou à atenção por pedir permissões estranhas nas suas apps VPN. Depois de alguma investigação percebeu-se que esta aplicação tem ligações à Shenzhen HAWK.

A Shenzhen HAWK é uma subsidiária da TCL Corporation, uma empresa chinesa de eletrónica de consumo. Curiosamente, este não é o primeiro relato do envolvimento da TLC com aplicações maliciosas.  Lembramos que no ano passado já se tinham falado de problemas na aplicação do tempo. Já em 2017, o governo indiano detectou o Virus Cleaner (outra das aplicações Hi Security) como tendo “spyware ou outro malware” oculto.

estas aplicações

Até ontem, duas aplicações, Super Battery e Dig It, ainda estavam disponíveis para download na PlayStore. Não se esqueça que se tiver algum deles instalado deverá remover de imediato.

Enquanto seis das 24 aplicações necessitam de aceder à câmara do utilizador, duas querem ter acesso a tudo no smartphone. Isto significa que, por exemplo, podem fazer chamadas ou enviar mensagens. Na lista, 15 aplicações necessitam de acesso GPS (localização dos utilizadores) e podem ler dados no armazenamento externo. Além disso, 14 dessas aplicações podem dar aos criminosos informações acerca de um determinado smartphone ou rede. De fato, uma delas pode gravar áudio no servidor ou no dispositivo, enquanto outro tem acesso aos seus contactos.

Com todas estas permissões, têm acesso a todo o seu dispositivo. Elas também podem comunicar com um servidor externo controlado pelos programadores. Já se perguntou por que recebe determinadas mensagens de anúncios sobre coisas que compra com frequência? Depois da aplicação ter acesso à localização e às informações do utilizador, poderá ficar a conhecer as suas preferências e vender essas informações para anunciantes que poderão personalizar anúncios de modo a cativar ainda mais os utilizadores.

Para além disso, estas apps maliciosas também podem instalar outras no seu dispositivo para recolherem informações adicionais.

Fonte

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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