Google + Pixel: Estratégia está toda na Internet!

A Google que agora vende smartphones Pixel, não é a mesma Google que decidiu deixar de desenvolver smartphones Nexus com algumas parceiras Android há alguns anos atrás. É uma empresa mais focada, e muito mais atenta ao seu próprio umbigo.

Aliás, podemos até dizer que a Google que lançou os Pixel 8 e Pixel 9 já é uma entidade diferente face à Google que lançou toda a restante gama de smartphones que agora anda a crescer de forma extremamente interessante.

Vamos tentar perceber porquê?

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Portanto, caso não se lembre, a aventura Pixel começou a ter como base processadores Qualcomm Snapdragon, isto em vez de processadores proprietários desenhados pela própria Google. Foi com o Pixel 6 que tudo mudou, apesar de a estratégia ter ficado, no geral, muito igual à anterior.

Apenas mais recentemente começámos a ver uma Google menos interessada em lançar um smartphone para guiar o resto do ecossistema Android, com um novo e renovado foco em ser ela própria a lançar topos de gama interessantes, capazes de bater o pé à Apple e ao seu iPhone, mas na realidade também às suas próprias parceiras como é o exemplo da Samsung, Xiaomi, Oppo, etc…

Ainda assim, a realidade é que, apesar do facto de os mais recentes smartphones Pixel serem aparenhos de gama alta, a Google continua a ter uma estratégia de preços no lado da produção muito diferente face a todas as outras fabricantes. O preço por unidade do SoC Tensor não pode ultrapassar os 65 dólares. É por isso que nenhum Pixel é um portento da performance, e é também por isto que normalmente, a maior queixa dos consumidores está no lado do sobreaquecimento.

Afinal, enquanto um SoC Tensor G4 custa menos de 65 dólares, um Qualcomm Snapdragon 8 Elite custa cerca de 240 dólares. É uma diferença abismal. Porém, é uma meta interessante que permite à Google fazer dinheiro em cada smartphone vendido.

Então e os 3nm para o ano?

Vão continuar a acontecer.

A Google já tem um acordo assinado para abandonar as linhas de produção da Samsung, de forma a entrar nas linhas de 3nm (N3E) da TSMC já no próximo ano, de forma a dar vida aos novos Pixel 10.

Porém, isto não vai ser feito para atingir níveis de performance muito mais altos. A Google não quer ter o SoC mais poderoso do mercado. A gigante Norte-Americana conhecida pelo seu motor de busca quer um chip rápido, fresco, mas acima de tudo barato.

Não há necessidade de ir atrás da “coroa” da performance no mundo Android. Especialmente quando a performance já não é um problema há várias gerações. Aliás, aqui é também preciso salientar que a Google quer que parte do processamento seja feito nos seus próprios servidores, e não no smartphone propriamente dito.

Em suma, é uma forma de fazer as coisas extremamente interessante. Mas, depois de várias gerações de smartphones Pixel “giros”, mas que ninguém queria. A coisa está finalmente a mudar e a correr bem. Será este o caminho certo?

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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