Garantir o melhor trajeto não é uma tarefa fácil, nem para o Google Maps nem para outra aplicações. De facto olhar para as condições de trânsito nas estradas e determinar as melhores rotas para uma viagem é uma tarefa incrivelmente complexa. No entanto, o Google Maps fá-lo numa questão de segundos e isto é algo em que normalmente não pensamos mas é verdadeiramente incrível. Então, como é que esta aplicação de navegação descobre se o tráfego ao longo da nossa rota está muito lotado ou não e qual é o tempo estimado de chegada?
Este é o segredo para o Google Maps dar o melhor trajeto
Obter estimativas de tráfego em tempo real, ou seja se um engarrafamento vai ou não afetar-nos até é bastante simples. Com mais de mil milhões de quilómetros percorridos com o Google Maps em mais de 220 países e territórios em todo o mundo, os dados agregados de localização ajudam a compreender as atuais condições de tráfego nas estradas mundiais.
Mas esta informação não explica o trânsito que poderá ter paragens de 10, 20 ou mesmo 50 minutos na sua viagem. E é aqui que entram em jogo técnicas avançadas de aprendizagem automática.
Para saber como será o futuro, o Google Maps olha para o passado.
Analisando padrões históricos de tráfego ao longo do tempo, a Google aprendeu como as condições da estrada podem estar a qualquer ordem do dia. Isto é quase como nós sabermos que se nos quisermos deslocar para o centro de Lisboa, Porto ou para qualquer outra cidade portuguesa em hora de ponta é provável que fiquemos parados em algum local. A menos que seja fim-de-semana. Ora é exatamente isto que faz o Google Maps.
Uma combinação destes padrões históricos de tráfego e condições de tráfego em tempo real permitem que os algoritmos de aprendizagem automática do Google Maps prevejam se seremos ou não afetado por um congestionamento que pode ainda não ter começado!
A pandemia baralhou um bocadinho as coisas
O COVID-19 teve um impacto em tudo e o Google Maps não escapou a isto. É que no confinamento os padrões de trânsito mudaram muito e se fossem sempre considerados isto iria alterar a realidade das coisas. Neste momento e sobretudo a nível do trânsito já estamos numa fase em que parece que a pandemia nunca aconteceu. Assim são considerados elementos mais recentes e os momentos durante a pandemia desconsiderados para não influenciarem as estimativas.
Embora a previsão de trânsito seja algo fundamental na determinação das rotas recomendadas, o Google Maps também analisa vários outros fatores. São exemplo disso a qualidade da estrada.
Outras fontes de informação incluem dado dos governos locais (limites de velocidade, portagens, etc.) e feedback em tempo real dos utilizadores do Google Maps (avaria de veículos, encerramento de faixas, trabalhos de construção, etc.). Estas fontes também ajudam a entender quando as condições da estrada podem mudar inesperadamente devido a deslizamentos de terra, tempestades ou outras forças da natureza.
Para além disso existem também informações partilhadas entre o Waze e o Google Maps. De facto são também muito úteis nesta tarefa. Aliás no futuro haverá ainda mais colaboração entre as duas plataformas.
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