A Google está prestes a abrir ainda mais o Google Maps ao mundo e isto pode trazer melhorias significativas às infraestruturas rodoviárias locais. A novidade? A empresa vai disponibilizar dados do Street View a governos locais, empresas e programadores, permitindo uma análise detalhada das estradas e estruturas urbanas. Segundo uma publicação recente no blogue oficial da Google, a ideia é combinar a vasta base de dados do Google Maps com inteligência artificial e o poder analítico do BigQuery, oferecendo uma nova geração de insights com base no mundo real. Mas como é que o Google Maps vai identificar o que tem de se arranjar nas estradas.
Google Maps vai identificar o que tem de se arranjar nas estradas
Análise geoespacial e deteção de problemas nas infraestruturas
Através de uma funcionalidade chamada análises geoespaciais, será possível identificar infraestruturas danificadas, como postes de eletricidade, sinais de trânsito, estradas e pontes. As imagens do Street View serão processadas por IA para avaliar o estado desses elementos — criando assim uma espécie de “relatório virtual” que pode ser utilizado por câmaras municipais, operadores de telecomunicações e outros serviços públicos.
É claro que a utilidade desta funcionalidade depende da atualização das imagens do Street View. Existem zonas onde as imagens são bastante antigas — por exemplo, algumas ruas ainda exibem fotografias de 2010. No entanto, em áreas com maior tráfego e atualizações frequentes, os benefícios poderão ser imediatos e muito úteis.
Google Maps poderá prever (e evitar) congestionamentos de trânsito
Outra novidade é o Roads Management Insights, uma funcionalidade que permite às autoridades analisar dados de trânsito em tempo real e históricos. Isto poderá ser utilizado para identificar zonas com maior número de acidentes e implementar medidas preventivas, bem como prever congestionamentos antes que aconteçam.
Informações locais também disponíveis para empresas
Com o Places Insights, as empresas poderão aceder a dados úteis sobre a zona envolvente, incluindo avaliações, horários de funcionamento, acessibilidade para cadeiras de rodas, opções de estacionamento, entre outros. Esta funcionalidade oferece uma visão estratégica que pode apoiar decisões comerciais mais informadas.
Além disso, com a integração do Earth Engine no BigQuery, organizações com poucos recursos em sensoriamento remoto poderão realizar análises ambientais, como avaliar riscos de incêndios florestais ou monitorizar a desflorestação.
A Google também está a testar a integração da sua IA Gemini com os dados do Maps, o que permitirá aos utilizadores colocarem perguntas geográficas ao assistente de IA, obtendo respostas diretamente com base nos dados reais do Google Maps — uma ajuda valiosa para planear viagens com mais eficiência.
Com a imensidão de dados disponíveis, faz todo o sentido colocá-los ao serviço da sociedade. Se esta iniciativa da Google conseguir concretizar isso, será certamente uma vitória para todos.