Google Gemini pode ser um dos chatbots mais intrusivos

O Google Gemini é a ferramenta de IA avançada que já está integrada em muitos smartphones Android. É poderoso, funciona bem e permite ainda uma integração profunda com Extensões. Estas Extensões funcionam como assistentes inteligentes, automatizando tarefas por si, seja a criar uma playlist personalizada no YouTube Music ou a reservar voos e hotéis. No entanto, como seria de esperar, gerir pedidos tão abrangentes entre aplicações exige um elevado nível de contexto pessoal. Assim o Google Gemini parece destacar-se como um dos chatbots mais intrusivos em termos de recolha de dados.

Google Gemini pode ser um dos chatbots mais intrusivos

Há algumas semanas, o DeepSeek AI da China gerou polémica devido a preocupações com a privacidade dos utilizadores. No entanto, segundo novos dados, as ferramentas de IA da Google recolhem significativamente mais informações do que qualquer outra alternativa popular.

De acordo com um estudo realizado pela Surfshark VPN e divulgado pelo TechRadar, o Gemini armazena 22 tipos de dados em 35 categorias analisadas. Isto supera largamente os restantes chatbots. Em comparação, o segundo chatbot na lista, o Poe, regista apenas 15 tipos de dados, uma diferença impressionante de 46%! Para referência, o Microsoft Copilot recolhe 13, o ChatGPT e o Perplexity ficam pelos 10, enquanto o Grok armazena apenas 7 categorias de dados dos utilizadores.

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O problema não está apenas na quantidade de informação recolhida, mas também no que é feito com ela. Alguns destes chatbots não se limitam a armazenar os seus dados, como também os partilham com terceiros. O estudo da Surfshark revelou que o Copilot, o Poe e o Jasper transmitem dados pessoais. Nisto incluem-se informações de contacto, localização e histórico de pesquisas, muitas vezes para fins publicitários direcionados.

Se acompanha a evolução da Google, esta revelação não será uma surpresa. A empresa tem um longo historial de recolha de dados pessoais sob o pretexto de melhorar funcionalidades e proporcionar uma experiência integrada. Na prática, grande parte desta informação acaba por ser utilizada para anúncios personalizados ao extremo.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.
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