A gama de smartphones Galaxy S25 da Samsung chegou e, ao que tudo indica, está a vender que nem pãezinhos quentes. Afinal de contas, segundo dados oficiais, vendeu mais do triplo face à gama Galaxy S24 nos seus primeiros 30 dias de mercado.
Mas será que isto significa que o smartphone é, de facto, um avanço significativo? Ou será que o nível de exigência dos consumidores mudou… para pior?
Galaxy S25 – Números que impressionam… mas há um senão!
De acordo com o estudo de mercado feito pela Hana Securities, a Samsung vendeu 4,56 milhões de unidades da gama Galaxy S25 no primeiro mês. Desses, o modelo Ultra levou a maior fatia, com 2,55 milhões de unidades vendidas, enquanto o modelo base vendeu 1,17 milhões e o S25 Plus ficou-se pelos 840.000. Para se ter uma ideia, a gama Galaxy S24 vendeu apenas 1,42 milhões no mesmo período de tempo.
Porém, há um detalhe curioso: se olharmos para a média de vendas diárias após o período de pré-venda, o S24 vendeu mais do que o S25. O modelo do ano passado manteve uma média de 240.000 unidades por dia, enquanto o S25 caiu para 180.000.
Então, o que explica esta explosão inicial de vendas? Será que a Samsung inovou tanto assim, ou a gigante Sul-Coreana já sabe o que é preciso fazer para ter boas vendas, sem se esforçar muito?
O que mudou?
Como deve saber, todos os Galaxy S25 trouxeram pequenos refinamentos. Estamos a falar de melhorias de desempenho, um novo design ligeiramente mais elegante, e software atualizado. Porém, não houve um salto tecnológico revolucionário.
Ou seja, no campo das funcionalidades, não há nada que diferencie esta gama de forma drástica, face aos Galaxy S24 do ano passado.
Ainda assim, as vendas dispararam. Porquê?
- Marketing e hype – A Samsung criou uma campanha agressiva para alimentar o desejo de compra.
- Descontos antecipados – Promoções logo no lançamento ajudaram a convencer indecisos.
- Pré-vendas e FOMO – A ideia de que “quem não comprar agora pode ficar sem stock” pode ter levado muitos consumidores a comprar por impulso.
Será que os consumidores estão a exigir menos?
Aqui entra a grande questão: o que realmente leva os consumidores a trocar de smartphone? Será que o entusiasmo por inovações tecnológicas caiu, e agora basta uma mudança de nome e um anúncio bem-feito para vender forte e feio?
Se um modelo como o Galaxy S25, que traz poucas novidades, e até faz alguns cortes estranhos em funcionalidades e qualidade de construção consegue vender tanto, então talvez as pessoas já não esperem revoluções tecnológicas todos os anos. Ou será que a Samsung aprendeu a jogar melhor com a psicologia do consumidor?
Seja como for, uma coisa é certa: o sucesso de vendas não significa, necessariamente, que um produto seja bom ou revolucionário. O iPhone também vende muito bem todos os anos, e não deixa de ser um iPhone, que pouco ou nada muda entre gerações.
Antes de mais nada, e tu, achas que a tecnologia já chegou a um ponto em que as marcas podem reciclar ideias e continuar a vender? Ou ainda esperas ver inovações de verdade? Partilhe connosco a sua opinião na caixa de comentários em baixo.