Já lá vai o tempo em que não termos um cartão microSD era um grande problema. Não é que para algumas pessoas não faça falta. Ainda assim a cloud veio mudar tudo. É que podemos facilmente criar backups de fotografias no modo original ou alta qualidade, vídeos, definições de aplicações e muito mais de uma forma simples. Para além disso, temos outra vantagem.
Se perdermos o smartphone, juntamente com o cartão microSD, não ficamos sem todos os nossos conteúdos.
É aqui que entra uma aplicação bem conhecida dos utilizadores de smartphones, especialmente de quem usa Android, o Google Fotos. Está disponível na Google Play Store ou até já vem na grande maioria dos smartphones.
De facto, esta aplicação representa uma das formas mais simples de armazenarmos as nossas fotografias e vídeos.
Para além disso, os conteúdos passam a estar disponíveis em qualquer plataforma. É que o Google Fotos está disponível para Android, iOS e em qualquer computador com um browser.
Alta qualidade ilimitada ou original?
Em primeiro lugar, quando começaram a utilizar a app Google Fotos devem ter sido questionados sobre o tipo de armazenamento que queriam.
Logo à partida, estão disponíveis dois modos: alta qualidade ou original.
Por um lado, se optarmos por alta qualidade, segundo o Google Fotos, temos acesso ao armazenamento de fotos com uma boa qualidade visual e um tamanho de ficheiro reduzido. A vantagem é que é ilimitado.
Por outro, se quisermos manter o tamanho original das fotografias então elas ficam guardadas na resolução máxima, sem sofrerem qualquer compressão.
A ideia neste artigo é tentarmos perceber se vale a pena optarmos pelo armazenamento ilimitado e grátis, ou se devemos optar pela alta qualidade.
Vamos olhar primeiro para as diferenças mais óbvias
No caso da alta qualidade, temos o tal suposto armazenamento ilimitado.
Neste modo, as fotos são comprimidas para poupar espaço.
Se uma fotografia for superior a 16 megapixéis ela é comprimida para os 16. Já ao nível do vídeo tudo o que for superior a 1080p é convertido para 1080p.
Ainda assim quero fazer um aparte. Esta questão do armazenamento ilimitado não é bem assim.
Recentemente apesar de não existirem limites eu atingi-os. Isto significa que tive de passar um determinado valor para poder guardar mais fotos. Neste momento optei por uma capacidade de armazenamento de 100GB.
Não é que seja um balúrdio a nível de preço. 100GB por mês custam 1.99 Euros. É o meu plano atual. Por outro lado, 200GB custam 2.99 Euros e 2TB 9,99 Euros. Existem ainda opções até 30TB com um preço de 299 Euros. Claro que isto já é muito overkill para a grande maioria dos utilizadores.
Já com a qualidade original as fotos e os vídeos são mantidos com a resolução original.
A questão da compressão
A Google, na grande maioria das vezes, o que faz, faz bem. O Google Fotos não foge à regra.
Sendo utilizador do Google Fotos há tantos anos já vi várias vezes as fotos que tiro com o smartphone em muitas outras plataformas. Esta utilização recorrente levou-me logo à partida a uma conclusão.
Nunca notei grandes diferenças entre a fotografia original e a fotografia comprimida que é armazenada pela Google. Claro que se fizermos um zoom muito elevado e quando digo muito elevado digo extremamente elevado, pode-se notar alguma coisa. No entanto, na grande maioria das vezes, não vão notar qualquer diferença.
Isto significa que os algoritmos de compressão da Google funcionam muito bem!
De facto, as fotografias que tiro normalmente com o meu smartphone e que são armazenadas no Google Fotos não revelam qualquer perda de qualidade que mereça destaque. De facto, os ficheiros de imagem ficam mais pequenos, mas a qualidade mantém-se praticamente inalterada.
No entanto, claro que tudo isto também depende dos sensores que estão presentes no nosso smartphone.
Já quando lidamos com fotos superiores a 16 megapixéis, a Google já faz mais qualquer coisa. Pode mexer assim na proporção de imagem, para além de reduzir a qualidade.
A questão das fotos RAW
É no caso das fotos RAW que pode haver mais preocupações. Logo à partida porque as imagens são convertidas para JPEG e perdem muita informação.
Foi de facto quando necessitei de colocar imagens RAW no Google Fotos que pensei em mudar de plano.
Casei muito recentemente e como tal quis partilhar algumas fotos do casamento. Estas fotos tinham sido tiradas em RAW e a ideia era partilhá-las com os convidados de modo a que as pudessem imprimir. Ou seja, convinha terem muito boa qualidade. Para fazer esta partilha criei um álbum dentro do Google Fotos e partilhei-as à posteriori.
O que posso dizer é que as imagens perderam muito.
De facto, havia diferenças notórias tanto ao nível do brilho como ao nível da cor.
Foi aliás nesse momento que passei a optar pelo plano pago. É que tive a necessidade de guardar muitas fotografias e com o máximo de qualidade.
Como confirmar qual o modo que está a utilizar?
Na realidade é bastante simples. Abra a App e utilize o menu do lado esquerdo para aceder às definições.
Depois de carregar em definições, carregue em cópia de segurança e sincronização.
Aí procure pela opção Tamanho do carregamento. Abaixo da opção diz-lhe o tipo de armazenamento que está a usar e ainda o espaço livre. Assim está sempre a par de tudo o que se passa.
Entretanto, pode alterar a qualquer altura o modo de alojamento.
Em suma, Armazenamento ilimitado e grátis ou original?
Assim, a resposta não é muito complicada e tudo se resume ao que necessita.
Se tira fotografias com o seu smartphone e só quer criar um backup então o armazenamento ilimitado e gratuito funciona muito bem. É que na grande maioria dos casos, não precisamos mais do que 16 megapixéis. Para além disso a perda de qualidade não é visível.
No entanto se captura imagens com uma máquina fotográfica e quer manter toda a qualidade, eventualmente para um portfólio, é imperativo que opte pelo Armazenamento Original. É que vai acabar por perder pormenores importantes que podem fazer toda a diferença. Isto é especialmente importante quando utilizam as fotografias que tiram para campanhas, edição, promoção, entre outras questões.
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