Caso não saiba, as regras que dão vida à Fórmula 1, o pináculo do desporto automóvel, vão mudar já no próximo ano. O que é absolutamente normal! Esta é uma forma fácil e excitante de mexer com o desporto, onde claro está, é possível meter as equipas a trabalhar no desenvolvimento de novas tecnologias, que dão origem a carros incríveis, e podem até ajudar no desenvolvimento de carros para o nosso dia-a-dia.
- Nota: Caso não saiba, até vamos ver combustível sintético a partir de 2026, o que vai ser de facto muito interessantes.
Entretanto, no caso das regras para 2026, os carros não só ficam mais leves e mais pequenos, o que é incrível para agilidade em pista, como também vão apostar ainda mais na eletrificação das motorizações.
Porém, a meros meses de ver carros em pista a ter como base as novas regras, a Mercedes chegou a uma conclusão… Assustadora.
Fórmula 1: Eletrificação pode ser um problema em 2026!
Portanto, é um problema, e é dos grandes.
Ou seja, a partir de 2026, com as novas regras da Fórmula 1, o sistema de motorização híbrido vai sofrer uma mudança profunda: 50% da potência virá do motor de combustão interna (ICE), e os outros 50% ficam à responsabilidade da parte elétrica.
Na teoria, parece uma evolução lógica rumo à sustentabilidade e eletrificação, mas na prática levanta um dilema técnico que já está a preocupar engenheiros, equipas, e claro, fãs.
O problema? É simples. A bateria não chega!
Em pistas com longas retas – como Monza, Baku ou até Spa – a exigência constante de potência esgota rapidamente a carga elétrica disponível. Quando isso acontece, o carro fica, na prática, limitado aquilo que o motor térmico consegue oferecer. É aqui que está o problema! Afinal, esse motor, de acordo com as novas regras, será menos potente do que os atuais.
Aliás, a parte ICE dos novos motores vai ser mais fraca que os motores que dão vida aos carros de F2.
O que isto significa na pista?
- Menos velocidade de ponta quando a bateria acabar;
- Mais dificuldade em defender ou atacar durante longas retas;
- Possíveis diferenças de desempenho grandes entre equipas que conseguirem otimizar a recuperação e gestão de energia… e as que não conseguirem.
De forma muito resumida, há o risco real de termos carros que “morrem” na reta final de uma pista porque a energia elétrica acabou. Isto é grave, porque a F1 não é a Fórmula E.
É um desafio técnico interessante, mas pode ser um tiro no pé da competição.
Onde está o problema? É igual para todos!
Bem, mais ou menos. Os motores não são todos iguais para todas as equipas. Mas, o real problema está no facto de ser muito provável vir a encontrar pilotos a levantar o pé para poupar energia, em vez de ir ao limite daquilo que um carro de F1 deveria de ser capaz de oferecer.
É mais “verde”? Sim. Mas também pode ser mais aborrecido. E isso, para a Fórmula 1, é talvez o maior problema de todos.