Filme número um da Netflix está a prender as pessoas à TV

O novo filme da Netflix começa logo a prender as pessoas no trailer. De facto, logo aí se percebe que é uma produção que nos vai fazer pensar, suspirar e ansiar que se perceba todo o mistério. Ainda por cima trata-se de uma história verídica. Aliás é por todos estes fatores combinados que novo filme número um da Netflix está a prender as pessoas à TV.

Filme número um da Netflix está a prender as pessoas à TV

Os filmes baseados em histórias verídicas são sempre um sucesso na Netflix. E de facto este novo filme é tão fascinante quanto perturbador. Jessica Chastaing interpreta Amy, uma enfermeira abordada pela polícia enquanto investiga o seu colega obscuro Charles, interpretado por Eddie Redmayne. As autoridades suspeitam que ele está por detrás de uma série de mortes inexplicáveis que ocorreram nos seus locais de trabalho. No início, a jovem recusa-se a acreditar nas acusações da polícia, mas logo a enfermeira percebe a extensão da maldade do colega.

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É uma história emocionante, do princípio ao fim. Por mais arrepiante que a história esteja no filme, muitos espectadores ficaram chocados e horrorizados ao saber que é, de facto, baseado na história verdadeira do assassino em série Charles Cullen.

Mas afinal quem era Charles Cullen?

Nascido em 1960 em Nova Jersey, Charles Cullen teve uma infância trágica. O seu pai morreu quando ainda era recém-nascido, e a sua mãe, Florence, uma dona de casa, criou os seus oito filhos sozinho. Descreveu a sua vida como “miserável”, sendo provocado pelos colegas e pelos namorados das irmãs mais velhas. Aos nove anos, passou pela sua primeira tentativa de suicídio ingerindo uma mistura de químicos a partir de um kit de química. Em dezembro de 1977, a sua mãe morreu num acidente de carro quando Charles tinha apenas 17 anos. Esta tragédia deixou uma impressão duradoura no rapaz. Relatou que estava zangado com o hospital da mãe por não o ter contactado de imediato e por ter cremado o corpo sem o consentimento da família.

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Charles abandonou a escola e entrou para a Marinha americana. Apesar de ter passado nos testes psicológicos e no treino de entrada com muito bons resultados, ao fim de alguns meses foi castigado por vestimenta imprópria a bordo do submarino onde foi colocado. Na verdade, o suboficial chefe encontrou-o no seu posto com uma máscara cirúrgica, luvas e um vestido em vez do uniforme. Ele nunca explicaria as razões por detrás disto. Depois de ser transferido, o jovem tentou suicidar-se novamente e foi internado várias vezes na ala psiquiátrica da Marinha, até ter tido alta médica em 1984, por razões desconhecidas.

Depois de deixar o exército, estudou para se tornar enfermeiro e casou-se com Adrienne Taub, com quem teve duas filhas.

Mas a felicidade matrimonial deles não durou muito. Enquanto Charles Cullen chegou à unidade de queimados no Centro Médico de St Barnabas, a sua esposa pediu o divórcio e acusou-o de abusar dela e dos seus filhos. Entretanto, em St Barnabas, as mortes misteriosas começaram a alarmar a gestão. Pacientes saudáveis morriam durante a noite, tudo durante os turnos de Charles Cullen, devido a overdoses de drogas. Entretanto deixou St Barnabas para um hospital em Philipsburg, mas logo, novas mortes suspeitas começaram a ocorrer novamente, forçando-o a fugir novamente.

Entretanto durante anos, Charles Cullen aproveitou a falta de pessoal nos hospitais para entrar sem que ninguém verificasse o seu passado, especialmente psicológico. Entre 1993 e 2003, passou por seis hospitais, espalhando a morte em cada um. Foi durante o seu tempo no Somerset Medical Center que uma das suas colegas, Amy Loughren, olhou para os registos médicos de Charles Cullen depois de mortes ainda mais inexplicáveis. Quando encontrou muitas provas incriminatórias, contactou a polícia para partilhar as suas suspeitas.

Pode ver o filme aqui.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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