No fim de semana, escrevi um artigo ‘especial’, onde falámos das queixas de Chris Hughes, um dos fundadores da rede social Facebook. Que muito curiosamente, neste momento gostaria de ver o seu trabalho destruído, ou pelo menos, seriamente regulamentado.
Muito resumidamente, Hughes afirma que o Facebook vai continuar a ser uma fonte de problemas, nomeadamente na privacidade e no controlo mediático, se o seu monopólio não for destruído…
E talvez mais importante que tudo isto, o co-fundador, afirma que o facto de Mark Zuckerberg ter todo o poder na sua mão… E algo que não pode ser permitido!
Além de tudo isto, Chris Hughes também diz que o mercado não pode decidir que plataforma utilizar, porque o Facebook compra, ou copia todos os seus rivais! Por isso… Não existem rivais, ou seja, não existe liberdade de escolha.
Pois bem, Mark Zuckerberg já veio a público falar sobre toda a situação, ora leia:
“Quando eu li o que ele escreveu, a minha primeira reação foi… “O que ele está a sugerir, não vai ajudar em nada, na resolução destes problemas. Por isso, se realmente querem preocupar-se com a democracia e eleições, então talvez seja boa ideia apostar numa empresa como a nossa, que todos os anos investe muitos milhões de dólares(!) No desenvolvimento e teste de ferramentas, que têm o objetivo de evitar todas estas situações. (Como interferências nas eleições)”
Curiosamente, os argumentos de Zuckerberg parecem cair em linha com os de Nick Clegg, o vice-presidente do Facebook para comunicações globais, que também já respondeu a Hughes publicamente. Excerto em baixo:
“No meu ponto de vista, o que realmente interessa, não é o tamanho da plataforma. Mas sim os direitos e interesses dos consumidores. E a nossa responsabilidade com os governos e legislação em vigor.”
Clegg até concorda com Hughes, na ideia de que o Facebook realmente precisa de mais regulamentação!
Contudo, ‘destruir’ a empresa não pára ataques de agentes russos! Que tentam a todo o custo ganhar influência política, ou terroristas de espalhar a sua mensagem.
Acrescentando ainda que: “Os recursos que vamos gastar em segurança e bem estar, apenas neste ano, vão ser maiores que as nossas receitas do ano de 2012.”
Enquanto a empresa Facebook, incorpora uma mão cheia de aplicações sociais, cada uma compete com muitas outras. Afinal de contas, o Facebook em si, bem como o Instagram, compete com o YouTube, Snapchat, Twitter, Pinterest e ainda o novo TikTok.
Por outro lado, Clegg diz ainda que o WhatsApp e Messenger, competem (e perdem), com o Apple iMessage, WeChat, Line, Telegram e Skype. (No entanto, este argumento não faz muito sentido, porque dependendo da região… As plataformas do Facebook podem ou não dominar o mercado)
Em suma, tanto Hughes, como Zuckerberb e Clegg, estão certos… Os erros do Facebook podem ter consequências desastrosas! No entanto, mais regulação por si só, não é a solução para este problema.
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