Encontrar civilizações extraterrestres não é fácil. Caso contrário já teríamos encontramos algumas. É que neste momento a tecnologia ainda não nos permite viajar para outras galáxias e não temos telescópios poderosos, o suficiente, para vermos com atenção a superfície de outros planetas à procura de vida.
Então, se os extra-terrestres estão lá fora, como os vamos encontrar? Alguns cientistas consideram que ouvir os céus vai acabar por compensar. Já outros acreditam que podem ser eles a identificar-nos antes de nós os conseguirmos encontrar. Uma nova investigação publicada no The Astrophysical Journal, o astrónomo Hector Socas-Navarro refere que devemos procurar algo completamente diferente: o lixo.
Não é segredo nenhum que a humanidade gera elevadas quantidades de lixo. Está em todos os locais, desde as áreas mais remotas dos oceanos até os picos mais altos da terra. Como se não bastasse, este lixo já chegou ao espaço. O lixo espacial à volta da Terra é um enorme problema que está a piorar a cada ano que passa. O cientista indica que o mesmo poderá acontecer com civilizações de outros mundos.
No seu artigo, o astrónomo Socas-Navarro argumenta que se uma raça extra-terrestre se aproximasse do mesmo ponto tecnológico dos seres humanos, o seu planeta poderia estar envolto num manto de lixo espacial que poderia ser visto de muito longe.
Uma das formas através dos quais os cientistas detetam planetas distantes é através de mudanças na luz que vem das estrelas que estão em órbita. Quando a luz de uma estrela distante diminui ou se desloca em certos intervalos, é possível que os cientistas detectem a presença de um ou mais planetas. Se um destes planetas estiver cercado por satélites e detritos reflexivos, pode muito bem produzir uma mudança específica na luz que revelaria a eventual presença de uma raça extra-terrestre inteligente.
“A ideia é examinar a região do espaço à volta de um planeta onde satélites geoestacionários ou geossíncronos podiam orbitar”. “Civilizações com uma alta densidade de dispositivos e/ou lixo espacial naquela região podem deixar uma impressão notável na curva de luz das estrelas.”
Embora, de facto, todo este lixo espacial possa causar alterações ao nível da luz, não quer dizer que isto ajude na procura de vida extra-terrestre. É que não sabemos como uma civilização pode progredir e se o espaço é inclusivamente um ponto de interesse para estas civilizações. Se esta sugestão é válida ou não, só o tempo o dirá.
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