Eis outra forma de adiar potencialmente o aparecimento da demência e de reduzir o risco: cultivar uma vida social ativa. Encontrar-se regularmente com outras pessoas é a melhor forma de evitar a demência.
Evitar a demência pode ser mais simples do que se pensava
A equipa responsável pelo estudo, da Universidade de Rush, nos EUA, acompanhou 1923 idosos durante um período de quase sete anos, em média, cruzando os casos de demência e o momento em que foram diagnosticados com os hábitos de socialização.
O que os investigadores descobriram foi uma diferença de cerca de cinco anos na idade média de diagnóstico de demência. Isto entre os participantes mais e menos activos socialmente. Assim poderá ser uma forma barata, fácil e acessível de se proteger contra o declínio cognitivo.
O estudo questionou os participantes sobre a frequência com que se envolviam em vários tipos de atividade social. Essa lista incluía sair para comer, assistir a eventos desportivos, jogar bingo, fazer viagens de um dia ou de uma noite, visitar familiares e amigos, assistir a serviços religiosos e fazer trabalho voluntário.
Para além de registar os casos de demência, a investigação também mediu as capacidades cognitivas ao longo do tempo através de 21 testes diferentes. Alguns factores-chave que podem ter influenciado os resultados. Nisto inclui-se a idade e a saúde física.
Muitas vantagens que surgem do convívio
Para além do atraso na demência, a equipa descobriu que os indivíduos mais activos socialmente tinham 38% menos probabilidades de desenvolver demência e 21% menos probabilidades de desenvolver um défice cognitivo ligeiro durante o período do estudo, em comparação com os menos activos socialmente.
Os dados não são suficientes para demonstrar uma causa e um efeito diretos. É provável que outros factores também estejam envolvidos. Por exemplo, as pessoas que visitam os amigos e a família com mais frequência são provavelmente também mais activas fisicamente.
No entanto, existe aqui uma forte ligação, que se enquadra naquilo que já sabemos sobre o isolamento social e o aumento do risco de demência. Até o facto de ter animais de estimação por perto tem demonstrado fazer a diferença.