Pois bem, depois da grande surpresa que foi Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis (Shang-Chi and the Legend of the Ten Rings), e da desilusão de Venom: Tempo de Carnificina (Venom: Let There Be Carnage), temos agora a chegada de Eternals, que claro está, serve para apresentar toda uma nova panóplia de personagens ao mundo cinematográfico da Marvel.
É um filme com visuais fantásticos, e um elenco de fazer salivar qualquer equipa de produção à face da terra. Mas na verdade… É um filme mauzito, que provavelmente, vai meter muito boa gente a dormir nas salas de cinema.
Eternals: A prova de que a Marvel se está a “encostar”?
Portanto, pessoalmente, sou um grande fã da MCU, por isso, sempre que temos um novo filme a caminho das salas de cinema, lá estou eu imediatamente pronto para comprar o bilhete para o dia de estreia. Ou seja, quer as reviews independentes internacionais sejam boas, ou más, eu tenho de ter a minha própria opinião.
Pois bem, foi exatamente isto que decidi fazer, novamente, com Eternals. Isto mesmo depois de ter percebido, que seria um filme com muitos defeitos, e que claro, provavelmente não valeria o preço do bilhete.
O que falha em Eternals?
Em Eternals, temos um elenco de luxo, onde podemos encontrar Angelina Jolie, Salma Hayek, Richard Madden, Kit Harrington, etc… Uma equipa, que verdade seja dita, faz um trabalho fenomenal a vestir a pele das suas personagens. Aqui, acredito sinceramente que não existam quaisquer problemas, com a (muito elogiada pelo elenco) realizadora Chloé Zhao a conseguir retirar o melhor de cada ator.
Além disto, os efeitos especiais também estão muito bem conseguidos, como claro está, é normal no mundo Marvel. Isto sem sequer falar muito dos cenários, todos eles bem escolhidos, e capaz de nos absorver neste mundo que já vai muito além dos Vingadores, e até de Thanos.
O problema está mesmo no ‘Storytelling’ (Storytelling é a arte de contar, desenvolver e adaptar histórias utilizando elementos específicos — personagem, ambiente, conflito, etc…).
É que de forma muito resumida, quem for ao cinema vai ficar extremamente confuso com o que está a acontecer no ecrã.
Afinal de contas, para contar a história ao mais ínfimo detalhe, vamos fazer saltos temporais durante a grande maioria das 2 horas e 37 minutos de duração da obra, que diga-se de passagem, é demasiado tempo quando o filme acaba por ser tão vazio, ou pelo menos, tão simples.
A confusão é tanta neste filme, que, por alguma razão, uma das personagens descobre um novo poder a meio de uma luta, mas depois, nunca mais o utiliza, nem se lembra que este existe.
Mas talvez mais importante que tudo isto, são mesmo as “milhentas” histórias de amor, de ‘flashbacks’ com lágrimas à mistura, etc… Infelizmente, existem mesmo alturas em que parece que estamos a ver uma comédia romântica, e não um filme da Marvel.
Óbvio que existe sempre espaço para o sentimento, para o amor, mas, na minha opinião, um filme nunca deve esquecer o seu principal objetivo, especialmente quando estamos a falar de uma obra com o pé muito assente na MCU.
Em suma, Eternals desiludiu, sendo o segundo filme, seguido, dentro do Universo da Marvel que me deixa de pé atrás.
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