O governo dos EUA iniciou uma série de sanções adicionais contra a Huawei no início deste ano, visando a capacidade do fabricante de smartphones de produzir smartphones e componentes associados. Algumas dessas sanções entram em vigor a partir de hoje, 15 de setembro de 2020. O que é que as novas sanções dos Estados Unidos significam para a Huawei e para os seus clientes?
Estados Unidos apertam a Huawei e tudo muda. Entenda!
O fim dos chipsets topo-de-gama Kirin
A Casa Branca emitiu restrições mais rígidas contra a Huawei em maio de 2020, forçando os produtores estrangeiros de chips que fabricam chips com equipamentos dos EUA a interromper a produção e os envios para a Huawei.
A fabricante de chips de Taiwan, TSMC, é uma das empresas afetadas. Assim está agora impedida de produzir e enviar chipsets para a Huawei. A fabricante de chips supostamente parou de receber novos pedidos para a marca chinesa logo depois de as restrições terem sido anunciadas pela primeira vez em maio. Até hoje, porém, foi permitido atender pedidos já em produção e recebidos antes do anúncio dessa nova restrição.
Pelo menos um dos próximos smartphones da gama Mate 40 vai apostar no novo chipset principal da Kirin. No entanto, o stock não vai durar. Assim, o P50 pode já não conseguir adotar este processador.
MediaTek pode também não ser uma alternativa
A ausência de um processador principal da Kirin significa que a Huawei precisa adquirir chipsets de outras empresas. Uma das principais empresas a disponibilizar os chipsets principais para a Huawei foi a MediaTek, mas também está sujeita a sanções a partir de hoje.
A Huawei tem feito o uso crescente de chipsets MediaTek nos seus dispositivos de gama média, com produtos como a família Dimensity 800 a aparecerem em vários smartphones. Assim isto pode afetar mais do que apenas o segmento principal da Huawei.
A MediaTek confirmou no final do mês passado que vai obedecer às últimas sanções dos EUA e referiu que solicitou uma licença para continuar os negócios com esta empresa.
O problema dos ecrãs na guerra entre os Estados Unidos e a Huawei
Entretanto outra vítima desta guerra dos Estados Unidos à Huawei é o fornecimento de monitores da LG e Samsung. As duas empresas decidiram suspender o fornecimento de painéis “premium” para a Huawei a partir de hoje.
No entanto neste campo existem alternativas. São exemplo disso, marcas como a CSOT, Tianma e Visionox.
A memória
Os fabricantes de memória Samsung e SK Hynix suspenderam as negociações com a Huawei no início deste mês, de acordo com as últimas sanções. As duas empresas fornecem RAM usada nos smartphones e tablets.
Dito isto, as duas empresas solicitaram licenças para continuar a fornecer esses componentes. Algumas conseguiram obtê-las. Outras não. Seja como for no campo da memória também há alternativas. Assim, o problema está mesmo nos processadores que são o coração de todo o sistema.
Receba as notícias Leak no seu e-mail. Carregue aqui para se registar. É grátis!