Está na altura de mudar de portátil? O que é que ganho na troca? – Quando o nosso fiel portátil começa a dar sinais que precisa de reforma, é sempre uma altura extremamente complicada para a nossa alma… Nomeadamente quando esta começa a pensar no rombo que a conta bancária vai ter. No entanto, se queremos manter os nossos níveis de produtividade, ou as definições gráficas altas dos nossos jogos favoritos, é preciso trocar a máquina de X em X anos.
Mas o que é que vamos ganhar, nesta chata e cara troca de equipamento?
Em boa verdade, as fabricantes estão constantemente a arranjar maneiras de atrair os consumidores, com novos e melhores modelos. Isto é uma lei do mercado tecnológico… Contudo, nos últimos anos têm existido algumas evoluções, que podem realmente chamar a nossa atenção!
É que caso não saiba, existe uma mão cheia de extras que antigamente apenas podiam ser encontradas nos modelos mais caros, mas que agora já é possível encontrar nas gamas mais baixas. Isto já para não falar, do acréscimo na qualidade de construção em toda a gama. Mas vamos por partes.
Ecrãs
Antigamente, comprar um portátil com um ecrã maior, significava também ter uma máquina maior e mais pesada. Pois bem, as coisas já não são bem assim! Afinal, tal e qual como no mundo dos smartphones, as margens estão lentamente a desaparecer. Além disso, o hardware está também a ficar cada vez mais minimalista.
As resoluções aumentaram consideravelmente
A oferta é agora muito maior, e mais apetrechada! Ainda assim, para a grande maioria dos utilizadores, 4K num ecrã de 13” ou 14” não faz muito sentido. Aliás, na minha opinião, o que realmente interessa é o DPI (Número de píxeis por polegada), e não propriamente a resolução ou o tamanho do ecrã. (Isto se o objetivo é ter uma boa clareza de imagem). Portanto, se está à procura de um portátil pequeno e fino, com um ecrã à volta destes tamanhos, 1080p ou 1440p irá ser mais do que suficiente.
Os ecrãs OLED estão a chegar ao mercado dos portáteis
Como deve saber, qualquer smartphone topo de gama que se preze, tem de ter um ecrã OLED. No entanto, é algo que tem tardado a chegar ao mundo dos PCs… Pois bem, parece que está a chegar a altura da transição, com estes ecrãs Premium já a marcar presença nas gamas mais altas. Por isso, se quer qualidade de imagem, talvez seja boa ideia procurar por este tipo de ecrã.
Ainda assim, se não quiser gastar o subsídio de férias num portátil com ecrã OLED. Fique descansado, que os ecrãs IPS garantem uma qualidade de imagem suberba. Em suma, se por acaso tem uma máquina com 3 ou mais anos… Qualquer portátil de gama média/alta, irá significar um tremendo aumento de qualidade.
Input
Dependendo do utilizador, a preferência ainda é a utilização de um rato tradicional. Contudo, os TouchPad estão muito melhores, especialmente no lado da Apple. Curiosamente, eu nunca usei um rato dedicado no meu MacBook, e isto é apenas e só porque o TouchPad é perfeito para uma máquina que foi pensada tendo como base a portabilidade.
Caso não saiba, no passado, os TouchPads tinham botões físicos para replicar os botões do rato. Um design que nunca fez muito sucesso, e que na verdade parecia estranho na utilização do dia a dia. (Para arrastar um ficheiro, tinha de usar as duas mãos, o que nunca fez muito sentido)
No entanto, hoje em dia, quase todos os portáteis dignos desse nome, contam com um touchpad com sensores multi-touch, e suporte aos mais variados gestos. Que claro está, aumenta imenso a produtividade em trabalho. (Ainda assim, não pensem em jogar com um touchpad… Não façam isso à vossa vida)
Infelizmente, os teclados não tiveram a mesma evolução…
Enquanto os TouchPads evoluíram imenso… Os teclados continuam a ser um dos maiores pontos fracos da maioria dos portáteis no mercado. O que muito se deve, à necessidade de tornar as máquinas cada vez mais leves e finas!
Obviamente, se um portátil for muito fino, não vai existir espaço para as teclas ‘viajarem’, o que deixa os consumidores ‘presos’ a um teclado que muitas vezes parece ter uma resposta fraca ou mesmo não existente.
Processadores: Performance vs Eficiência
Infelizmente, há muito tempo que os processadores deixaram de oferecer ganhos de performance significativos, com o passar dos anos. Aliás, isto é algo que tivemos a oportunidade de ver no mundo dos Desktops, em que a Intel simplesmente deixou de inovar, e agora se vê à rasca com os mais recentes Ryzen da AMD.
Mas a verdade, é que no mundo dos portáteis, a coisa fica mais complicada…
Como deve de imaginar, num portátil, temos de jogar com o poder da bateria. Ou seja, o PC tem de rápido, mas tem também de ser eficiente no uso dos seus recursos. Caso contrário, temos aqui um velocista dos 100m… Super rápido, mas a bateria dura apenas 10 segundos.
Em suma, se tem um portátil mais ou menos recente, não vai ser aqui que vai ver grandes melhorias.
Autonomia
A autonomia de um portátil é um dos factores mais importantes na altura da compra. Afinal, estamos a falar de uma máquina que foi pensada para ser portátil, e por isso, tem de funcionar longe do seu carregador.
Dito isto, as baterias tiveram uma boa evolução, o que aliado à evolução nos restos dos componentes, estamos a olhar para algo como 8/9/10 horas de autonomia, sem grandes problemas.
Além disto, as novas células também são agora mais robustas, e por isso irão aguentar estes níveis de performance durante mais tempo. (Mais anos? Dependendo do seu uso)
Conclusão
Se por acaso tem um portátil com 4 ou 5 anos, existem várias razões para avançar para a compra de uma nova máquina. No entanto, não espere grandes avanços a nível de processamento, que apesar de estarem lá, não vão ser super significativos.
Conte com ecrãs maiores e melhores, uma qualidade de construção muito melhor, e máquinas mais leves e sobretudo mais bonitas. Tudo isto, com uma autonomia de bateria imensamente melhor, em relação a um passado muito recente.
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