A formação de um planeta não é propriamente um processo muito rápido. Na prática começa pela acumulação muito lenta de uma massa que é formada a partir da poeira e detritos mais próximos. Mais tarde obtém a forma esférica com a qual todos estamos familiarizados.
Pelo facto de poder levar séculos até que um planeta se forme completamente, capturar numa imagem este processo de formação planetária provou ser uma tarefa realmente difícil. Agora, pela primeira vez, os astrónomos conseguiram capturar esta formação e obtiveram uma imagem impressionante.
A descoberta foi feita através do poderoso caça-planetas denominado SPHERE e que faz parte do Very Large Telescope. Podem fazer uma viagem virtual a este telescópio aqui.
Esta ferramenta de observação espacial foi capaz de detectar uma grande massa de materiais, sendo que dentro dessa nuvem de detritos está a ser desenvolvido um planeta. Na imagem que chegou à imprensa, o planeta é visto como uma massa brilhante à direita da sua estrela hospedeira, que foi escurecida por uma máscara que permite que os detalhes em redor se consigam visualizar com mais pormenor.
O planeta denominado PDS 70b move-se através da nuvem de poeiras enquanto orbita a sua estrela, reunindo material até se tornar num verdadeiro mundo. O que torna esta descoberta tão interessante é que é a primeira vez que os cientistas conseguem identificar um planeta tão jovem com uma basoluta certeza.
Embora um planeta recém-nascido possa parecer um lugar interessante para visitar, eventualmente não iam querer colocar o pé no PDS 70b nos próximos tempos. É que este jovem planeta é absolutamente escaldante, com uma temperatura na superfície que pode chegar aos 1.000 graus Celsius.
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