Especial – Quem quer comprar um Renault a 50 mil euros?

A Renault é uma das fabricantes mais icónicas do mercado Europeu, sendo também uma das marcas com mais história do nosso mercado Português. Afinal, a gigante Francesa já teve lançamentos incríveis neste pequeno cantinho à beira-mar, e como tal, seja no nosso próprio carro, ou no banco de trás do automóvel dos nossos pais, quase todos nós temos pelo menos uma história épicas para contar, que por sua vez se passaram dentro de um automóvel desta fabricante.

Mas, como é normal, a Renault de hoje em dia já não é a mesma Renault de há 5~10 anos atrás.

A fabricante automóvel decidiu que o mercado já não era o mesmo, e por isso mesmo, numa altura bastante complexa para vários mercados (pandemia), decidiu mudar um pouco a sua estratégia para chegar a níveis mais elevados de performance e qualidade de construção.

O que claro está, como seria de esperar, apesar de alguns modelos continuarem extremamente bem posicionados em termos de preço, a realidade é que a coisa também resultou num aumento de preço em alguns modelos mais orientados para o mercado Premium.

O que levanta uma questão… Quem é que compra um Renault a 50 mil euros? Não seria melhor comprar um BMW, Mercedes, Audi, etc?  Pois bem, a realidade é que em 2024, já não vai comprar um BMW, Mercedes, Audi, etc… Por 50 mil euros. Pelo menos não dentro do mesmo segmento.

Ou seja, a pergunta deveria ser… “Quem é que não iria querer comprar!?”

Aliás, esta é a grande missão da Renault atual, ao tentar demonstrar que, ao mesmo preço, dentro do mesmo segmento, está mesmo muito bem posicionada, com mais equipamento, mais qualidade, e tecnologia até dizer chega!

Quem quer comprar um Renault a 50 mil euros?

Esta é gama “antiga” da Renault
renault
Esta é a nova!

Portanto, a Renault avisou logo no início da sua Revolução (Renaulution) em 2021, que o paradigma iria mudar, e que por isso mesmo a fabricante tão bem conhecida por todos nós iria tentar saltar de nível para lançar uma frota completamente renovada de veículos com um grande foco na eletrificação, e também na implementação de tecnologias importantes no lado da segurança e conectividade.

Curiosamente, sendo algo que por vezes é usado como crítica, a realidade é que todos os grandes lançamentos da Renault dos últimos anos foram SUVs.

Porém, isso não faz obrigatoriamente parte da estratégia da marca.

Isto é apenas mais um exemplo daquilo que é uma empresa a ir atrás daquilo que o consumidor quer encontrar no mercado. Que neste momento, no mundo automóvel, são os SUVs.

Dito tudo isto, o grande objetivo da Renault passa por oferecer uma gama alargada de automóveis, que vão desde os reconhecidos Clio, Captur, etc… Que continuam a apostar forte e feio na qualidade vs o preço, indo até aos inegavelmente mais Premium Scenic, Rafale, Espace, etc… Que mostram uma Renault com um outro pedrigree, de forma a bater o pé às tradicionais fabricantes Premium, como é o caso da BMW, Mercedes, entre outras.

Interior Renault Espace

O que claro está, traz aquela ideia antiga do “Comprar um Renault a 50 ou 60 mil euros? Para isso compro um Mercedes!”.

Pois, a realidade é que por 50 ou 60 mil euros, nos tempos que correm, já não vai conseguir comprar um automóvel premium “à antiga”, como são os muitos conhecidos modelos das históricas marcas alemãs.

Isto porque, como deve imaginar, além dos aumentos quase absurdos de alguns materiais, não foi só a Renault que sofreu com a inflação dos últimos anos.

Todas as fabricantes tiveram de fazer contas à vida.

Isto significa uma grande oportunidade para a Renault!

Renault Rafale, basta olhar para perceber que está num nível acima.

Se formos segmento a segmento, e formos por um Renault Rafale na sua configuração mais apetecível, contra um Mercedes GLC base, é fácil perceber que o automóvel francês tem muitas mais armas de arremesso face ao icónico Alemão.

Sim, é verdade que o Mercedes continua a significar um outro estatuto, e que esta até pode ser uma comparação exegarada.

Mas, num lado, por ~50 mil euros vai ter um automóvel completamente equipado, que até lhe faz massagens, e traz um design extremamente arrojado e diferenciado. Isto enquanto no outro vai ter de pagar pelo menos 78 mil euros para meter as mãos na versão base, hoje em dia muito despida de funcionalidades e extras.

Ou seja, a Renault de hoje em dia ainda não é Premium à séria. Porque ainda não tem o estatuto que a marca pode e deve trazer para cima da mesa. Porém, as melhorias são inegáveis (especialmente no interior).

Por isso, qualquer consumidor interessado num carro bonito, bem construído, e com muita e boa tecnologia, pode e deve dar uma vista de olhos à recente gama de automóveis Renault. Sendo a grande missão da Renault conseguir captur este tipo de consumidor.

A Renault continua apostada em oferecer um bom pacote “qualidade-preço”.

Como dissemos em cima, lá pelo facto de a Renault ter agora propostas mais “premium”, nada disso significa que a sua identidade e alma se tenha perdida com a revolução já mencionada.

Por exemplo, o Austral continua a ser um automóvel com preços mais apelativos face a rivais diretos como o novo Peugeot 3008 ou Nissan Qashqai, isto nem nunca esquecer o novo Captur que começa nos 23.200€, ou o Arkana que começa nos 31.290€. Isto sem contar com eventuais descontos que possa conseguir no concessionário.

Antes de mais nada, o que pensa sobre tudo isto? Um assunto interessante? Acha que a Renault foi realmente capaz de evoluir, ou perdeu-se pelo caminho? Partilhe connosco a sua opinião na caixa de comentários em baixo.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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