A Bitcoin continua a sua tendência de subida de valor, já tendo ultrapassado os 41 mil dólares (33 mil euros), ou seja, há muito que ultrapassou o seu máximo histórico de 2017/2018, quando o mundo sucumbiu às moedas virtuais… e a compra de placas gráficas se tornou mais difícil do que sair à rua sem máscara.
Mas o que é a Bitcoin?
Caso não saiba do que se trata toda esta ‘loucura’, a Bitcoin foi originalmente lançada em 2009, sendo basicamente uma moeda digital que tinha como objetivo ser trocada nas ‘franjas’ da economia tradicional.
Entretanto, já se tornou mainstream, sendo na verdade ‘Ouro Digital’, com um valor muito dinâmico (e com um potencial de valorização brutal) como estes últimos dias provaram e continuam a provar.
Porquê esta valorização? A culpa parece ser do COVID-19!
Em resposta aos danos da pandemia, que muito provavelmente significam uma crise na economia mundial, os governos e bancos centrais começaram basicamente a imprimir ‘moeda’, de forma a aumentar o gasto, e claro, salvar a economia.
O problema é que imprimir mais ‘moeda’ não aumenta apenas a quantidade de dinheiro em circulação, também lhe baixa o valor. (Se está curioso em relação a este ‘efeito’, nada melhor que ir ver uns vídeos sobre a Alemanha no após primeira guerra mundial.)
Devido à corrosão do valor do dinheiro tradicional, as pessoas começaram a procurar por outros ativos capazes de aguentar o seu valor. Como já deve ter adivinhado, muito boa gente optou pela Bitcoin, que após o seu máximo de 2017/2018, sofreu uma grande queda, mas tem vindo a recuperar de forma muito sustentada desde 2019.
Quantas Bitcoins existem no mercado?
Neste momento, existem mais ou menos 18,600,000 moedas no mercado em circulação, com um stock máximo de 21,000,000 moedas. Sim, este é o número máximo de moedas que alguma vez irão existir no mercado, é algo que está ‘hard coded’ no protocolo da moeda, e por isso, não pode ser mudado. A ideia é, como existe um limite de moedas, cada uma delas irá acabar por valer mais. Ao contrário do Euro ou Dólar, que podem ter a quantidade máxima de moedas aumentada pelos bancos centrais.
Além da valorização, esta estratégia também serve como proteção a inflação sobre decisões políticas.
Como é que se guardam Bitcoins?
Geralmente, as Bitcoins são compradas ou vendidas através de exchanges como a Coinbase, mas também podem ser enviadas, recebidas ou armazenadas em carteiras digitais, no seu smartphone, ou mesmo em hardware específico sem acesso à Internet.
Como se ‘fazem’ Bitcoin?
Este é o aspeto da Bitcoin que mais confusão provoca, visto que ela não é impressa, ou sequer ‘criada’. Ela é ‘minada’.
Ou seja, o aparecimento de uma Bitcoin exige o trabalho de sistemas computacionais dentro da Blockchain.
O que é a Blockchain?
Estamos a falar de uma base de dados pública imutável, que tem em si todas as transações alguma vez feitas. Ao ser imutável, significa que os seus registos não podem ser modificados.
Dito tudo isto, a Bitcoin é ‘descentralizada’, ou seja, funciona numa rede p2p, em vez de estar dependente de uma autoridade central como são os bancos. É nesta rede peer-to-peer (p2p), que entra o trabalho dos miners, que basicamente emprestam a sua potência computacional para validar transações na Blockchain. (Este trabalho é recompensado com Bitcoins).
No entanto, a recompensa é gradualmente mais escassa, visto que de 4 em 4 anos, os ‘pagamentos’ aos miners desce para metade. Ou seja, a dificuldade aumenta, e o prémio é mais pequeno. É um sistema baseado no processo de extração de ouro… Mais fácil no início, mas gradualmente mais complicado, tendo em conta que quanto mais for extraído, menos irá existir na mina.
Em suma, hoje em dia, por cada bloco, os miners recebem 6.25 Bitcoins, em vez das 50 no início do ciclo de vida da moeda. No entanto, como a moeda vale muito mais agora, acaba por compensar o ‘trabalho’.
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