Esta pandemia provocada pelo COVID-19 é sinónimo de confinamento, de não conseguirmos estar junto de familiares e amigos, de não ser possível ir a eventos públicos, não poder ir trabalhar, entre muitas outras coisas. Mas vamos focar-nos no emprego, ao fim ao cabo, tudo isto é sobretudo uma ameaça ao que nos mete o pão em cima da mesa todos os dias, especialmente para quem não tinha um trabalho certo, e do nada, se viu “no olho da rua”.
O que lá está, levanta uma questão muito importante, o que aconteceu ao mercado de trabalho neste último ano? Como é que as grandes empresas se adaptaram? Que dificuldades tiveram? Quais são os planos para o futuro?
Pois bem, entrevistámos Gonçalo Vilhena, CIO da Randstad Portugal, para ter algumas respostas a estas questões.
Emprego durante a pandemia? Como é que as coisas estão?
Portanto, como deve saber, a Randstad é uma das maiores fornecedoras de emprego em Portugal. Aliás, a empresa foi certificada em 2021 com o selo de Top Employer, uma prova da sua dedicação e compromisso em implementar práticas diferenciadoras no âmbito da gestão de pessoas, tudo com o intuito de melhorar o mundo do trabalho.
Dito isto, faz todo o sentido perceber o que a empresa fez para se adaptar a uma nova realidade, ao vá… Odeio tanto dizer isto… Ao “novo normal”.
Pois bem, curiosamente, a Randstad adaptou-se à pandemia de uma forma super rápida e fácil. Sabe porquê? É que num misto de preparação e pura sorte, a empresa já tinha feito alguns passos acertados rumo à normalização do trabalho remoto, por isso, foi apenas uma questão de adaptar à grande maioria da força trabalhadora da firma.
Aliás, segundo o Gonçalo, é provável que quando as coisas normalizarem, o trabalho remoto continue a ser uma realidade, porque na maneira de ver da empresa, é algo que faz todo o sentido nos tempos que correm. (Mantendo várias ações de socialização, para team engaging, e claro, porque o ser humano é um ser social)
Chegou o COVID-19, está tudo fechado! E agora?
Antes de mais nada, a empresa decidiu acabar com os PCs desktop e telefones fixos, equipando todos os trabalhadores com smartphones e portáteis. Curiosamente, a Randstad já tem toda a sua infraestrutura nos servidores da Amazon, ou seja, para trabalhar, o staff apenas precisa de aceder à Cloud (nuvem).
Em último lugar, foi feita uma nova aposta nas ferramentas cooperativas da Google e Microsoft, nomeadamente, o Office 365 e Google Suite. Mas também no Jira, para seguimento das tarefas e dificuldades das equipas.
Em suma, a Randstad apostou forte e feio na estratégia ‘Work anytime, anywhere, in any device“, o que em bom português significa “trabalhar em qualquer altura, em qualquer sítio e em qualquer aparelho.” Conseguindo resultados simplesmente fantásticos.
Isto chegou para lidar com o COVID-19?
Segundo o que o Gonçalo partilhou connosco, a adaptação foi super rápida, as dificuldades existiram mas foram facilmente ultrapassadas, e a produtividade até aumentou bastante em todos os departamentos. (Curiosamente, o departamento de contabilidade da Randstad teve os dois melhores meses de sempre, durante o primeiro confinamento!)
Mas lá está, também apontou alguns erros, que ele próprio admitiu ter cometido, e que provavelmente, é uma estratégia que muitas das empresas empregam… O diminuir a força trabalhadora, com medo do médio/longo prazo.
Da mesma forma que o COVID-19 diminuiu o raio de atuação de várias empresas, nos mais variados segmentos da indústria. Quando as coisas voltaram a abrir no fim do primeiro confinamento, a procura por serviços e produtos EXPLODIU! E claro, as empresas que tinham reduzido a força trabalhadora, passaram por várias dificuldades na contratação, e posterior adaptação dos recrutas/talento.
O desinvestimento é um erro nestas alturas, e deve ser evitado.
Está sem emprego? O que deve fazer?
Como dissemos em cima, a Randstad é uma das maiores fornecedoras de emprego em Portugal, por isso, se há empresa que sabe o que fazer nesta altura, é esta.
Dito isto, se porventura está em Lay-Off, ou está em vias de ficar sem emprego, é boa ideia estar atento a algumas ações da empresa, como o Webinar, o Everyday Podcast, mas essencialmente o Randstad Go, que basicamente é uma comunidade para arranjar emprego, com membros sempre ativos a partilhar propostas todos os dias.
Além de tudo isto, é boa ideia manter contacto com todas as plataformas de emprego, manter o CV atualizado, e ter referências prontas. No caso da Randstad, a empresa já se está a preparar para o “up swing” com uma base de dados pronta para o que der e vier, ou seja, para ter resposta para a grande procura por mão de obra, que deverá chegar no fim deste segundo confinamento.
Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Partilhe connosco a sua opinião nos comentários em baixo.
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