(Especial) A pirataria de jogos não está morta… Mas está a soro! – Não é novidade para ninguém que há sempre alguém que gosta de jogar tudo e mais alguma coisa sem gastar um único cêntimo. Aliás, é algo que existe desde que os primeiros jogos chegaram ao mercado. Ou seja, a pirataria sempre existiu… O que deu origem a uma autêntica caça do gato e do rato entre os estúdios/editoras e os próprios piratas.
Uma corrida que pode ter finalmente chegado ao fim! A pirataria ainda existe? Está bem de saúde?
Uma coisa é certa, desde que começaram a aparecer as primeiras versões pirateadas de videojogos, que também se começou a ver um monte de técnicas para evitar a disseminação destas mesmas cópias.
Um esforço inglório durante vários anos, que acabou por fazer mais mal do que bem ao mercado de jogos para PC. Tudo graças às várias camadas de software DRM (Protecção) implementadas em jogos já por si pesados. Ou seja, quem pagava por tudo isto era mesmo o cliente que também metia o dinheiro em cima da mesa, visto que acabava por ter quase sempre uma experiência de jogo aquém do esperado.
Afinal de contas, ainda se lembra do aumento de performance em Devil May Cry V quando foi retirada a proteção Denuvo?
No entanto, depois de uma autêntica caça ao rato durante vários anos, parece que o gato finalmente ganhou! É que os grupos de pirataria estão neste momento a perder a guerra.
Antigamente tínhamos jogos ‘crackados’ num par de horas! Pois… Mas hoje em dia, o que demorava ‘algumas’ horas ou no máximo 2 ou 3 dias, agora demora vários meses. O que muito se deve ao software anti-pirataria Denuvo.
Caso não conheça o software, estamos a falar de uma solução de proteção DRM que chegou primeiramente ao mercado em 2014. Isto numa parceria com a EA, que viu a implementação do software logo em FIFA 15. Um início de sucesso, visto que hoje em dia podemos encontrar o software da Denuvo em jogos da Konami, CI Games, Capcom, Square Enix, Warner Bros, etc…
Vários grupos de ‘Crackers’ já desistiram ou estão prestes a fazê-lo!
Ainda se lembra de Just Cause 3? Foi um jogo extremamente difícil de piratear devido aos vários tipos de protecção que tinha em si implementado. Mas os jogadores queriam mesmo o jogo nos seus PCs sem terem de pagar os 60/70€ pedidos pela editora.
Portanto, a pressão ficou no lado dos piratas, que chegaram a lançar algumas declarações de ‘quase desistência’ tal era a dificuldade imposta pelo software de proteção.
Para ter noção do aumento de dificuldades, no início da aposta dos estúdios e editoras no software ‘Anti-Tamper’ em 2014, Dragon Age: Inquisition apenas teve o seu primeiro ‘crack’ passado 1 mês e meio.
Aliás, caso não saiba, é completamente normal hoje em dia ver versões pirateadas ‘imperfeitas’, a precisar de ‘saves’ específicos para saltar partes do jogo que simplesmente fazer o programa crashar. Lembra-se de Mad Max? Se por acaso fosse ao mini-mapa, podia logo dizer adeus ao jogo, era um ‘crash’ automático.
Como é que a Denuvo foi capaz de anular um problema tão antigo? Como é que uma simples empresa foi capaz de acabar com este Rato vs Gato que dura há décadas?
A razão é muito simples… Perceber como os piratas pensam, para construir uma armadilha mais eficaz.
“A maioria das coisas que criamos é pro-activa, ao percebermos como é que as coisas eram invertidas no mundo da pirataria ao longo dos anos. Ao fim ao cabo, normalmente começam pelo executável do jogo, com uma análise detalhada. Por isso, começamos logo por aqui para lhes dificultar a tarefa.”
“Posteriormente, existe a tentativa de implementar um debugger para perceber como as coisas são executadas, ou seja, para tentarem entrar na memória. Por isso, arranjamos maneira de tal não ser possível.”
Em suma, a Denuvo sabe como se fazem os ‘cracks’, por isso, também os sabe evitar ao implementar uma protecção de várias camadas. Em que cada camada é no fundo um dos caminhos que sempre foram utilizados para entrar no código do jogo.
Será isto o fim da pirataria?
Apesar da balança estar agora a pender para o lado dos estúdios e editoras. A verdade é que a guerra ainda não terminou. É inegável que os piratas vão continuar a mexer no código até encontrarem uma solução para todos estes problemas.
Entretanto, a Denuvo também está atenta a tudo o que está a acontecer, ao melhor a sua protecção dia após dia. No entanto, o grande objetivo da empresa nem é garantir que o jogo é completamente imune à pirataria propriamente dita… A ideia é apenas proteger a janela de lançamento.
Ou seja, é provável que todos os jogos sejam eventualmente ‘crackados’. No entanto, a verdade é que há muitos jogadores sem paciência para esperar pelo ‘crack’… Por isso, acabam por se transformarem em clientes ‘normais’. O que é obviamente lucro para os estúdios.
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