(Ensaio) Honda Jazz: Um pequeno (grande!) híbrido!

(Ensaio) Honda Jazz: Se porventura anda todos os dias pelas estradas Portuguesas, é muito provável que ainda veja muitos Honda Jazz, antigos, a carburar em pleno, dia após dia. Isto é um claro sinal de que a Honda sabe construir carros compactos, sempre prontos para os desafios citadinos deste pais à beira mal plantado.

Mas sabe o que vale o mais recente modelo? É que ao longo dos anos, o Jazz cresceu, evoluiu, e hoje em dia, aparece como um híbrido bastante apelativo para qualquer tipo de utilizador, e qualquer tipo de carteira.

É um pequeno carro em tamanho, mas bem grande em termos de capacidades, agilidade, e tecnologia. Foi uma (grande!) surpresa.

• Carros Híbridos são populares mas não são todos iguais!

(Ensaio) Honda Jazz: Um pequeno (grande!) híbrido!

Portanto, a Honda decidiu melhorar o design da sua linha mais compacta e citadina Jazz, com alterações em todas as versões, mas para ir um pouco mais além, adicionou também uma nova versão na forma da Advance Sport, onde podemos encontrar detalhes de design um pouco mais fora da caixa, tanto por dentro como por fora do automóvel.

Pontos Chave:

• Foco renovado e continuado no desenvolvimento de um carro tecnológico, mas compacto, capaz de um bom desempenho e eficiência.
• Motorização e:HEV renovada e melhorada. Foco na performance e eficiência.
• Mudanças no design interior e exterior, onde podemos incluir novos designs de jantes de liga leve, e acabamentos de maior nível.

Motorização

Pois bem, a Honda equipa o seu Jazz com dois motores elétricos, e claro, um motor a gasolina focado na eficiência energética. Além disso, temos à nossa disposição uma transmissão automática revista, agora mais focada no conforto e suavidade na prática da condução. Para complementar tudo isto, temos ainda três modos de condução inteligentes, capazes de adaptarem ao que anda a fazer na estrada.

Em termos de números, o motor de transmissão elétrica teve um aumento de 10 kW, tendo a sua potência subido um pouco para um total de 90 kW. Além disto, o motor a gasolina de 1,5 litros ganhou 7 kW para produzir agora um máximo de 79 kW. Por sua vez, o binário continua nos 131 Nm. Curiosamente, o mapeamento do acelerador foi revisto na versão Advance Sport, para melhorar a resposta e dinamismo de todo o pacote.

Já no campo das emissões, o sistema híbrido da Honda produz emissões de CO2 a partir de 102g/km, 106 g/KM na versão Advance Sport.

Além de tudo isto, com todas estas revisões, apesar do seu tamanho, o Honda Jazz é agora capaz de rebocar até 500kg.

Condução no dia-a-dia e praticabilidade

A Honda pode dizer tudo aquilo que quiser, que melhorou A, B, C, etc… Mas o que realmente interessa é a experiência ao volante do automóvel. Pois bem, o sistema híbrido do Honda Jazz está realmente bem feito!

Ou seja, na minha opinião oferece uma experiência de condução extremamente apelativa, e felizmente muito mais económica face ao maior CR-V que também já testámos. É um carro indicado para percursos citadinos, sendo ainda capaz de fazer um brilharete caso queira puxar por ele noutras situações, como vias rápidas ou autoestradas. Nas minhas mãos (e pés), que são quase sempre mais dinâmicas em teste, andei sempre com uma média entre os 4.5~5.5L. Números que me metem um sorriso no rosto, numa altura em que meter combustível num automóvel é quase razão para chorar.

Curiosamente, apesar de ser um carro compacto, é também um automóvel espaçoso no seu interior. Esta é uma faceta do Honda Jazz ao longo dos anos, e que verdadeiramente se mantém inalterada nesta nova versão. Sabe porquê? Tudo se deve à colocação do depósito de combustível no centro do chassis, sob os bancos dianteiros. É um truque ‘curioso’ da Honda, e muito raro na indústria.

Em suma, isto permite ao Honda Jazz manter os bancos mágicos traseiros, excecionalmente versáteis, que oferecem uma flexibilidade de assentos “rebatíveis” ou “flip-up”, dependendo do espaço de carga necessário.

Ajudas à Condução (Tecnologia)

Além de tudo aquilo que já dissemos, e que de certa forma faz cada vez mais parte da experiência de condução, a marca nipónica Honda é também capaz de oferecer um leque de funcionalidades de segurança muito interessantes. Interessantes porquê? Porque são numerosas, práticas, mas não passam a vida a chatear o utilizador.

Aqui podemos falar da funcionalidade Traffic Jam Assist, agora melhorado para incluir apoio à direção mesmo a partir dos 0 km/h, o Lane Assist que identifica quando o condutor anda a pisar as linhas ou margens de qualquer estrada, aviso de colisão frontal, reconhecimento de sinalização vertical, seguimento a baixa velocidade e ainda monitorização de ângulos mortos. Além destes, existem muitas outras funcionalidades focadas na segurança que pode ver na folha de especificações do novo Honda Jazz.

Vale ainda a pena salientar que o Honda Jazz recebeu uma classificação máxima de 5 estrelas nos testes de segurança do Euro NCAP.

Design Interior/Exterior

O Honda Jazz sempre teve um design muito fora da caixa, sendo considerado como bonito por alguns, ou apenas estranho por outros. É na minha opinião um automóvel irreverente, muito diferente daquilo que podemos todos os dias na estrada, especialmente se optar pela pintura em duas partes, que vai meter ainda mais olhos em cima do pequeno citadino.

Entretanto, no interior, o Jazz está bem equipado, e bem construído, o que é inegavelmente mais importante. Novamente em comparação ao SUV CR-V, o Jazz tem uma filosofia de design interior bem mais tradicional, e por isso, mais apelativa ao olhar. Felizmente, temos botões físicos em tudo, ou quase tudo, o que é um grande positivo numa altura em que tantas fabricantes querem optar pelas modernices (leia-se poupança de dinheiro), com controlos por toque em tudo o que é botão ou manípulo.

Conclusão

O Honda Jazz é um carro muito interessante, que apesar de pequeno, acaba por passar a experiência de um carro grande, tal é o seu espaço interior, e agilidade na estrada. Assumo que o design exterior não vai ser do agrado de todos os utilizadores, mas isso é um assunto sempre altamente discutível.